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Migrantes de Honduras caminham perto de Esquipulas, na Guatemala, após cruzar a fronteira de Honduras a caminho dos EUA, 16 de janeiro de 2020
Migrantes de Honduras caminham perto de Esquipulas, na Guatemala, após cruzar a fronteira de Honduras a caminho dos EUA, 16 de janeiro de 2020| Foto: Johan ORDONEZ / AFP

Uma nova caravana com centenas de migrantes da América Central está a caminho dos Estados Unidos. O Departamento de Segurança Interna (DHS) dos EUA afirmou que programas estabelecidos na fronteira e acordos de cooperação internacional devem impedir a entrada dos migrantes no país.

Segundo a Bloomberg, o grupo é composto por entre 2.500 e 3 mil migrantes de El Salvador e Honduras. A caravana se uniu na quarta-feira (15) perto de San Pedro Sula, em Honduras para cruzar a fronteira com a Guatemala, a primeira divisa internacional no caminho para os Estados Unidos.

O novo presidente da Guatemala, Alejandro Giammattei, teve uma reunião na quarta-feira com o ministro das Relações Exteriores do México, Marcelo Erbrard, e mais tarde disse a jornalistas que o México estava determinado a impedir a passagem da caravana.

"O governo mexicano nos disse que eles não deixarão [a caravana] passar; eles farão tudo o que estiver em seu alcance para impedir que ela passe", disse Giammattei.

O governo da Guatemala afirmou que devido a acordos entre os países centro-americanos, quem estiver com documentos de viagem poderá passar. Mas eles terão mais dificuldades ao chegar à fronteira entre México e EUA.

O secretário interino do DHS, Chad Wolf, disse que a situação de migração mudou desde que caravanas anteriores chegaram aos EUA pela fronteira sul. Segundo ele, a Casa Branca chegou a acordos com governos do México e de países da América Central que impedem o movimento em massa de requerentes de asilo.

"Eu diria que o que mudou desde 2018, ou mesmo desde o ano passado, é o número de acordos que estabelecemos com Honduras, Guatemala e México", disse Wolf nesta quinta-feira em entrevista a uma rádio americana. "Nós temos agentes [de proteção a fronteiras], agentes táticos na Guatemala, e o governo do México, a pedido do presidente [americano Donald] Trump, enviou guardas nacionais para vigiar as fronteiras norte e sul".

"Se os indivíduos conseguirem passar por tudo isso, quando eles chegarem à fronteira sudoeste, eles irão encontrar vários programas estabelecidos por nós que não permitirão que eles entrem no país sem qualquer razão legal para estar aqui", continuou Wolf.

O novo acordo de migração entre EUA e Guatemala prevê que os requerentes de asilo podem ser enviados ao país centro-americano para buscar proteção. Parte dos migrantes pode também estar sujeita aos Protocolos de Proteção a Migrantes, e teriam que esperar no México durante os procedimentos nos tribunais de migração dos EUA.

O México sofreu ameaças de sanções do governo Trump no ano passado se o país não enfrentasse a onda de migrantes que atravessam o país para chegar à fronteira sul dos EUA. Em resposta, o México enviou tropas para as suas duas fronteiras e as travessias para os EUA diminuíram.

O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, se comprometeu a encontrar emprego para alguns dos migrantes na região da fronteira sul do país, além de acesso a assistência médica e abrigo. López Obrador disse em coletiva de imprensa nesta quinta-feira que está monitorando a movimentação de migrantes.

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