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Príncipe Charles com sua esposa, Camila. Herdeiro real teve cartas publicadas por jornal inglês | SUZANNE PLUNKETT/REUTERS
Príncipe Charles com sua esposa, Camila. Herdeiro real teve cartas publicadas por jornal inglês| Foto: SUZANNE PLUNKETT/REUTERS

Após mais de dez anos de briga legal entre o “Guardian” e o governo britânico, as cartas secretas de Charles para o então primeiro-ministro Tony Blair e seus ministros em 2004 e 2005 foram reveladas pelo jornal nesta quarta-feira (13). Nas 27 correspondências, o herdeiro da coroa faz apelos como um por mais recursos financeiros para a Guerra do Iraque.

As cartas, classificadas como “aranhas-negras” por conta do esforço do governo em tentar mantê-las confidenciais, mostram que Charles manifestava grande preocupação com a limitação de recursos no Ministério da Defesa.

“Nossa capacidade imensa de vigilância pelas Forças Armadas é surpreendente, mas a distribuição de equipamentos globais está sendo comprometida pela falta de pressão significativa sobre o orçamento da Defesa. Nossas aeronaves atuais têm mau desempenho em altas temperaturas. Temo que este seja mais um exemplo no qual nossas Forças Armadas estejam fazendo um trabalho extremamente desafiante, particularmente no Iraque, sem os recursos necessários”, escreveu em setembro de 2004.

Em outras correspondências, Charles fez lobbies por hospitais e pela medicina herbal, criticando a União Europeia por suas políticas no setor.

Em comunicado, a Clarence House, residência do príncipe de Gales, disse que correspondências entre Charles e políticos são parte de seu envolvimento de longa data “com os interesses dele com o país e políticos de qualquer partido”.

A Clarence House também alegou que Charles “tem o direito a se comunicar de forma privada”, e a revelação inibe sua capacidade de expressar sua preocupações e sugestões.

O governo britânico disse que reforça sua crítica à liberação dos documentos. Outras cartas de Charles, para ministros, ainda estão pendentes.

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