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grupo de mulheres participa de uma sessão de informações sobre o coronavírus COVID-19 em Banda Aceh, na Indonésia| Foto: CHAIDEER MAHYUDDIN/AFP

O número de novos casos de Covid-19 na China continua caindo, mas ao redor do mundo o coronavírus continua se espalhando. Nesta terça-feira (3), o país onde a epidemia começou relatou 125 novos diagnósticos do doença, o menor número diário desde janeiro e um sinal de que a propagação do vírus na China continental esteja desacelerando. Na Coreia do Sul, Irã e Itália, porém, a situação é preocupante (veja abaixo o mapa e a tabela com os casos e mortes confirmados ao redor do mundo).

O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, declarou que seu país "entrou em guerra" contra o coronavírus ao confirmar mais 851 casos do Covid-19 nesta terça, elevando o total de infecções na Coreia do Sul para 5.186. Moon prometeu investir US$ 25 bilhões, direta e indiretamente, nos esforços contra o novo vírus, segundo a agência de notícias Yonhap.

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças da Coreia do Sul disse que 56,1% dos casos em todo país têm ligação com o grupo religioso Shincheonji da cidade de Daegu, a quarta maior do país com uma população de 2,5 milhões. Na semana passada, o ministro da Justiça revelou que alguns membros da seita estiveram na cidade de Wuhan, na China, epicentro do surto de coronavírus. O fundador do Shincheonji, Lee Man-hee, pediu desculpas à Coreia do Sul por não ter conseguido prevenir o surto de Covid-19 entre as pessoas ligadas ao grupo, mas inicialmente ele havia negado a responsabilidade de sua seita na propagação do novo vírus. O prefeito de Seul, Park Won-soon, anunciou que estava abrindo um processo contra 12 líderes do Shincheonji por assassinato e violação da prevenção de doenças infecciosas.

A agência sul-coreana Yonhap informou ainda que Moon ordenou que todas as organizações do governo passassem para um "sistema de emergência de 24 horas" devido à necessidade de aumentar a prontidão para lidar com as medidas relacionadas a quarentenas e à economia. O governo também vai aumentar a realização de testes em cidadãos sul-coreanos em Daegu.

Na Itália, o coronavírus já matou 52 pessoas. As vítimas tinham entre 63 e 95 anos e apresentavam outros problemas de saúde. Cerca de 23% da população italiana tem mais de 65 anos, uma preocupação a mais para o país que se tornou o centro de um surto de coronavírus na Europa.

Itália

"A Itália é um país de idosos", disse ao The Guardian o professor Massimo Galli, diretor de doenças infecciosas do hospital Sacco, em Milão. "Os idosos com patologias pré-existentes são notoriamente numerosos aqui. Eu acho que isso poderia explicar por que estamos vendo casos mais graves de coronavírus aqui, o que repito, na grande maioria dos casos começa levemente e causa poucos problemas, principalmente em jovens e certamente em crianças".

No norte da Itália, onde a maioria dos casos foi registrada (1.254 dos 1.835), dez cidades foram bloqueadas na semana passada.

Irã

A situação no Irã também é grave. Mais de 2,3 mil casos foram confirmados e 77 pessoas morreram até esta terça-feira. Um dos conselheiros do aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, morreu nesta segunda-feira por causa do coronavírus.

A doença também se espalhou entre os membros do parlamento iraniano. Vinte e três, dos 290 membros do legislativo testaram positivo para o coronavírus, informou o porta-voz do parlamento, Abdul Reza Misri, nesta terça-feira.

A China anunciou que vai evacuar seus cidadãos do Irã devido aos riscos de infecção por coronavírus, segundo a CNN.

Jogos Olímpicos

No Japão, o governo informou nesta terça-feira que os "Jogos Olímpicos podem ser adiados até o fim do ano".

Seiko Hashimoto, ministra do Japão para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, disse que no contrato assinado para a realização do evento esportivo, "o Comitê Olímpico Internacional tem o direito de cancelar os jogos apenas se eles não puderem ser realizados em 2020". "Isso pode significar que os jogos podem ser adiados para o final deste ano", concluiu ela. Apesar de citar esta possibilidade, Hashimoto disse que o governo de Tóquio está trabalhando de acordo com o cronograma planejado.

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