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Polícia guarda área de Tabarré para evitar confrontos entre facções armadas na terça-feira, em Porto Príncipe
Polícia guarda área de Tabarré para evitar confrontos entre facções armadas na terça-feira, em Porto Príncipe| Foto: EFE/ Johnson Sabin

Centenas de famílias haitianas fugiram, nos últimos dias, da violência entre gangues armadas na capital Porto Príncipe e se refugiaram em escolas, casas de parentes ou passaram a viver na rua. De acordo com os últimos dados da ONU, cerca de 16.500 pessoas ainda estão fora de suas casas devido à violência nos bairros de Bajo Delmas, Martissant e no centro de Porto Príncipe.

Na praça Clercine, no bairro de Tabarre, perto da embaixada dos Estados Unidos, dezenas de pessoas se instalaram, carregando roupas em cestos, mochilas ou sacolas e preparando sua comida no meio da rua, conforme constatou nesta terça-feira (26) um jornalista da Agência EFE.

Outras famílias se refugiaram em uma escola da região, na prefeitura da comuna de Tabarre ou nas casas de parentes. Os deslocados fugiram dos confrontos entre o grupo armado 400 Mawozo e a gangue rival Chen Mechan, que lutam pelo controle do território nos bairros Croix-des-Bouquets, Croix-des-Mission, Butte Boyer e Bon Repos.

A Polícia Nacional do Haiti informou nesta terça-feira que três supostos membros da 400 Mawozo foram mortos em um tiroteio com policiais em Bon-Repos. Entre os mortos está Efendy, o chefe da gangue na área do Carrefour St-Marc, que estava envolvido em assassinatos e assaltos à mão armada, segundo um comunicado da polícia.

Gangues proliferam

Desde junho de 2021, a violência de gangues armadas forçou milhares de pessoas a fugir de suas casas na região metropolitana de Porto Príncipe. As gangues proliferaram nos últimos anos graças à debilidade do Estado haitiano e aproveitaram o caos gerado após o assassinato do presidente Jovenel Moise, em julho do ano passado.

Cerca de metade dos deslocados vive na casa de um parente ou amigo e a outra metade permanece em acampamentos organizados pelas autoridades ou organizações multilaterais, ou ainda em assentamentos informais.

Algumas gangues controlam bairros importantes da região metropolitana da capital, incluindo Martissant, no acesso sul a Porto Príncipe, o que contribuiu para isolar a cidade do sudoeste do país.

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