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Sob chuva fina, a comunidade islâmica em São Paulo protestou nesta sexta-feira (21) contra o filme norte-americano "Inocência dos Muçulmanos". Segundo cálculo da Polícia Militar, o evento reuniu cerca de 600 pessoas.

Com um carro de som à frente, o grupo se concentrou na mesquita do Brás, ganhando, depois, as ruas Oriente e Maria Marcolino. O trajeto foi percorrido em cerca de meia hora. Ao longo da passeata, os manifestantes carregavam diversas placas e gritavam palavras de ordem em árabe, em uníssono. Crianças levavam bandeiras do Brasil.

Ao microfone, os discursos se alternaram entre o árabe em português: "O islã vem da paz, somos contra o terrorismo". Em uma das faixas em português, lia-se: "Será que ofender um profeta e um bilhão e 600 milhões de pessoas é liberdade de expressão?".

Após a passeata, durante a reunião dos manifestantes na praça Padre Bento, autoridades religiosas discursaram para os homens, mulheres e crianças presentes.Segundo Mohamed Said, 29, um dos voluntários na organização, havia clérigos tanto xiitas quanto sunitas, além de representantes judeus e católicos. Em seu discurso, que foi bastante aplaudido, o frei José Francisco citou o preceito cristão de respeitar para ser respeitado.

Sobre o filme, Said diz que o considera "uma peça de muito mau gosto, uma mentira, que nos obriga a mostrar que a nossa religião é de paz, assim como todas as outras". Em discurso, um dos líderes do evento apresentou uma pauta de reivindicações, que incluía a promulgação de uma lei que criminaliza ofensas religiosas.

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