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O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, cumprimenta Antonio García, máximo dirigente da guerrilha ELN, diante do ditador cubano, Miguel Díaz Canel
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, cumprimenta Antonio García, máximo dirigente da guerrilha ELN, diante do ditador cubano, Miguel Díaz Canel| Foto: EFE/Ernesto Mastrascusa

Um acordo de cessar-fogo entre o governo da Colômbia e a guerrilha Exército de Libertação Nacional (ELN) foi assinado em Havana, capital de Cuba, nesta sexta-feira (9). A assinatura do acordo contou com a presença do presidente da Colômbia, Gustavo Petro, e do comandante máximo do grupo de guerrilheiros, Antonio García.

O acordo prevê um cessar-fogo nacional e temporário de seis meses, que começará a valer a partir de 3 de agosto deste ano, segundo o texto lido pelo ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, elogiou o acordo e disse que ele representa "passos importantes que dão esperança ao povo colombiano, especialmente às comunidades mais afetadas pelo conflito". O acordo também estabelece a criação de um canal de comunicação entre as partes, com o apoio de um representante especial da ONU na Colômbia.

Na quinta-feira (8), o alto comissário para a Paz na Colômbia, Danilo Rueda, já havia anunciado que ambas as partes tinham alcançado um acordo de cessar-fogo nacional. "Haverá um cessar-fogo nacional e, ao mesmo tempo, teremos cenários de impacto territorial", contou ele para a Colombia Today Radio.

Rueda continuou dizendo que “esse cessar-fogo terá efeitos muito concretos nos territórios, incluirá processos educacionais e garantias para facilitar a redução da ansiedade entre os habitantes de vários territórios do país".

As negociações de paz com o ELN foram iniciadas em 2016 pelo então presidente colombiano Juan Manuel Santos (2010-2018), mas foram suspensas em 2019 pelo seu sucessor, Iván Duque (2018-2022). Petro, ex-guerrilheiro do grupo M-19 que se tornou em agosto de 2022 o primeiro presidente de esquerda da Colômbia, prometeu buscar uma "paz total" no país e retomou as conversas com o ELN.

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