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Tegucigalpa - O novo chanceler de Honduras, Enrique Ortez Colindres, afirmou ontem que o governo do presidente interino, Roberto Micheletti, "não precisa de reconhecimento internacional’’ e que é o presidente hondurenho "com ou sem a Organização de Estados Americanos (OEA)" – que condenou o golpe de Estado e exigiu a restituição imediata do presidente eleito, Manuel Zelaya, ao poder.

Pelas últimas declarações, o governo interino hondurenho está disposto a resistir à pressão da comunidade internacional, unânime em condenar a derrubada de Zelaya e em pedir seu retorno.

Segundo o ministro, os países são livres para pronunciar-se "de acordo com seus critérios’’, mas alertou que Honduras aplicará o princípio de reciprocidade. "Se há países que não querem ter relações com Honduras, o país tampouco vai querer ter relações com eles’’, disse.

Colindres afirmou ainda que a destituição de Zelaya foi resultado de seu "desacato às ordens constitucionais’’ e negou os relatos do presidente deposto de que foi tirado à força de sua casa por um grupo de militares que usaram violência.

Ele afirmou que toda a operação para expulsá-lo para a Costa Rica foi pensada para "protegê-lo’’ de um grupo que pretendia assassiná-lo.

Colindres criticou Zelaya por ter se cercado de "um grupo de comunistas’’ em seu governo, que transformou Honduras em "um país com dependência total dos petrodólares’’, que supostamente recebeu do governo venezuelano.

O ministro afirmou que há evidências de que Zelaya recebeu um empréstimo da Venezuela e que não houve nenhum controle sobre o uso deste dinheiro, que seria usado para financiar o referendo constitucional que o presidente deposto queria promover e que causou a crise política em Honduras.

União Europeia

Os embaixadores de todos os países da União Europeia (UE) em Honduras foram retirados do país. O ministro das Relações Exteriores da Suécia, Carl Bildt, escreveu ontem em seu blog na internet que "todos os embaixadores da UE já saíram" de Tegucigalpa. A Suécia ocupa atualmente a presidência rotativa da UE.

Bildt observou que ainda há incertezas sobre a situação em Honduras e informou que a UE debate no momento a melhor forma de pressionar pelo "rápido retorno da plena ordem constitucional" no país.

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