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Hugo Chávez pediu nesta segunda o fim dos conflitos na Faixa de Gaza | Miraflores Palace / Reuters
Hugo Chávez pediu nesta segunda o fim dos conflitos na Faixa de Gaza| Foto: Miraflores Palace / Reuters

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, acusou o mundo de se calar covardemente diante do que classificou como "Holocausto" palestino, e pediu que os líderes de Israel e Estados Unidos sejam julgados em um tribunal internacional.Nesta segunda-feira, Chávez chamou de "genocídio" a ofensiva israelense contra o grupo islâmico Hamas na Faixa de Gaza, que até agora deixou mais de 600 mortos, milhares de feridos e grande parte do território palestino devastado por contínuos ataques aéreos e terrestres.

"Os judeus não repudiam o Holocausto? E o que é isso que estamos vendo em Gaza? Ponham a mão no coração e sejam justos", disse, depois de acusar o Exército israelense de ser "assassino" e "covarde".

O presidente venezuelano culpa Washington, seu principal inimigo político, de estar por trás dos ataques em Gaza, e criticou o "cinismo" da Casa Branca por acusar de pouco democráticos os governos de Irã e Cuba, apesar de justificar o ataque israelense.

"Os que acusam, não só a mim, mas esse governo, de ser um governo tirânico, assassino, se calam covardemente (diante da incursão israelense)", disse o presidente em um ato transmitido pela televisão estatal em um hospital infantil.

"O primeiro-ministro de Israel (Ehud Olmert) nesse momento deveria ser levado à Corte Penal Internacional junto com o presidente dos Estados Unidos (George W. Bush), se houver vergonha no mundo", acrescentou.

Chávez, que durante seus quase 10 anos de governo estreitou laços com países inimigos de Israel, como Síria e Líbano, visitará uma mesquita em Caracas para mostrar sua solidariedade com o povo palestino.

O líder sul-americano, que já atacou Tel Aviv no passado por suas ações militares na região, voltou a pedir ao mundo que detenha "essa loucura".

Em 2006, Chávez esteve a ponto de romper relações diplomáticas com Israel depois de acusar o governo do país de ser pior que o ditador alemão Adolf Hitler, o que provocou um conflito em que os dois países retiraram seus respectivos embaixadores.

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