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O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou ontem a criação de um fundo de US$ 1 bilhão para combater a crise energética em seu país. Segundo ele, o fundo financiará 59 projetos de geração e distribuição de energia e 50 de operação e manutenção de usinas. "Será um fundo nacional para o desenvolvimento elétrico" disse. "Vou transferir esses recursos para o Ministério de Energia Elétrica para que não haja nenhum atraso. Posso dispor inicialmente de US$1 bilhão.

Chávez dedicou parte de seu programa dominical "Alô, Presidente" para explicar a causa do racionamento de energia elétrica que tem deixado o interior do país às escuras entre quatro e oito horas a cada dois dias. Assim como a saída do ar da emissora a cabo Rádio Caracas Televisão (RCTV), no domingo passado, a crise energética é um dos motivos dos protestos que estudantes promoveram durante toda a semana e devem retomar hoje.

O presidente venezuelano negou as acusações da oposição de que a falta de energia foi causada por deficiências de seu governo e voltou a atribuí-la ao fenômeno climático El Niño, que provocou uma das maiores secas dos últimos anos na Venezuela e reduziu ao mínimo o nível da represa de Guri, responsável por mais de 70% da geração de energia elétrica do país.

Chávez não fez menção, no programa, à assessoria de técnicos brasileiros, acertada na sexta-feira, numa visita a Caracas do assessor para relações exteriores do Palácio do Planalto, Marco Aurélio Garcia. O líder venezuelano preferiu chamar seu ministro de Energia Elétrica, Alí Rodríguez, para que ele anunciasse a entrada em funcionamento de usinas termoelétricas que aumentariam de 70% para 90% a capacidade de geração de energia elétrica no Estado de Zulia, um dos mais afetados pelo racionamento.

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