• Carregando...
Usina elétrica em San Fernando de Apure, no sul da Venezuela: estatal pede que funcionários rezem | Thomas Coex/AFP
Usina elétrica em San Fernando de Apure, no sul da Venezuela: estatal pede que funcionários rezem| Foto: Thomas Coex/AFP

O governo venezuelano proibiu ontem o uso de eletricidade em placas e avisos publicitários lu­minosos como parte do plano de emergência decretado nesta se­­mana pelo Executivo para fazer frente à crise energética.

O Ministério de Energia Elé­­tri­­ca decretou resolução pela qual proíbe o uso de eletricidade nos "sistemas de publicidade contidos ou promovidos em placas e avisos publicitários luminosos", de acordo com o Diário Oficial do país.

A resolução também proíbe o uso de energia nos avisos e placas localizados em vias públicas, mas excetuou as farmácias, centros de saúde e as instalações de segurança.

O governo informou que as novas proibições permanecerão vigentes "até que se supere a situação de emergência" e que o não cumprimento da regulação pode acarretar no "corte do serviço elétrico de forma indefinida".

No início da semana, o presidente Hugo Chávez decretou estado de emergência elétrica no país para agilizar a aquisição de novos equipamentos, em meio à crise gerada pela seca na represa de Guri, a maior geradora de eletricidade do país, e as deficiências do sistema termoelétrico.

Baixa

Ainda ontem, o ministro da Saúde venezuelano, Carlos Ro­­tondaro, renunciou ao cargo. Caso a saída seja confirmada, será o quarto membro do alto escalão a deixar o governo Hugo Chávez nas últimas semanas. A suposta saída de Rotondaro foi atribuída pelo jornal El Uni­­versal à sua insatisfação com a ingerência de cubanos em posições es­­tratégicas do ministério. Mé­­di­­cos e funcionários de saúde enviados pelo regime de Raúl Castro são os principais coordenadores de um dos programas sociais mais populares de Chá­­vez, que mantém postos de saúde nas áreas mais pobres do país.

O mais cotado para substitur Rotondaro é Luis Reyes Reyes, ministro da Secretaria do Des­­pacho da Presidência. Militar como Chávez, é um dos colabo­­radores com mais trânsito junto ao presidente venezuelano.

No último dia 25, Ramón Carrizález, um dos colaboradores mais próximos de Chá­­vez desde o início de seu governo, em 1999, renunciou aos cargos de vice-presidente e ministro da Defesa.

Com Carrizález, deixou o governo a ministra Yuribí Or­­tega, sua mulher. Em seguida, foi a vez de o presidente do recém-estatizado Banco de Venezuela, Eugenio Vás­­quez. As seguidas renúncias ocorrem num momento em que a Venezuela atravessa uma grave crise energética, levando o governo nacional a adotar uma série de medidas, que incluem cortes de até quatro horas no fornecimento elétrico.

A estatal venezuelana de energia, a Edelca, instou os seus funcionários a pedirem a intervenção divina, participando amanhã de uma cerimônia religiosa chamada "Cla­­mor a Deus pelo Setor Nacio­­nal de Eletricidade".

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]