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A Venezuela pretende criar uma grande empresa estatal de seguros afirmou nesta sexta o presidente Hugo Chávez, conforme o governo age para limpar e "socializar" grandes partes do setor financeiro. "Uma das coisas que estamos fazendo é que estamos criando uma companhia de seguros, grande e estatal, com capacidade para assegurar tudo que precisarmos sem ter de recorrer a seguradoras (privadas)", disse Chávez durante um evento da Polícia Nacional, em Caracas.

Os comentários de Chávez foram feitos depois de o governo venezuelano liquidar dois bancos pequenos e nacionalizar outros dois, na segunda-feira, citando "irregularidades" em seus registros. Na terça, o presidente prometeu manter sob observação todo o sistema financeiro. Os dois movimentos levaram a moeda venezuelana, o bolívar, a cair cerca de 9% na mínima do pregão de ontem, de 6,3 bolívares por dólar.

Mas Chávez diminuiu o tom de seu discurso nesta sexta-feira e os mercados reagiram bem. Com a redução dos temores de que Chávez possa estar preparando a nacionalização de todo o sistema bancário da Venezuela, o bolívar se fortaleceu modestamente diante do dólar. Nas transações desta tarde, US$ 1 valia cerca de 5,9 bolívares, em comparação com 6,1 bolívares perto do fechamento da sessão de ontem, segundo operadores.

A informação de Chávez sobre a criação de uma seguradora estatal parece dar crédito a uma reportagem do jornal El Mundo publicada hoje, que afirmou que o governo venezuelano comprou recentemente várias empresas financeiras, incluindo companhias de seguros, que pertenciam a um banqueiro aliado do governo.

A taxa de câmbio oficial da Venezuela está fixada há anos em 2, 15 bolívares por dólar, mas para comprar ou vender moeda neste mercado é preciso autorização do governo. Por isso, muitos investidores e cidadãos venezuelanos recorrem ao mercado paralelo. As informações são da Dow Jones

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