O chavista presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Jorge Rodríguez, fez duras declarações contra a candidata presidencial da oposição, María Corina Machado, nesta quinta-feira (25), durante discurso no Parlamento do país.
Ele a acusou de estar envolvida em “planos de extermínio” de líderes do regime chavista e de pedir uma “intervenção estrangeira” no país. Além disso, ele afirmou que ela não “poderá participar das eleições presidenciais deste ano”, que ocorrerão, segundo ele, “com ou sem acordo com a oposição”.
Rodríguez disse ter encontrado o “programa de governo para os primeiros 100 dias” de Machado, baseado em publicações antigas que ela fez em sua conta no X (antigo Twitter) em 2020, três anos antes de anunciar sua candidatura. Segundo ele, o programa previa a “destruição dos serviços públicos” e o “assassinato de todos os dirigentes chavistas”.
O parlamentar, que é aliado do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, também denunciou que, desde o ano passado, houve “cinco planos conspiratórios contra o regime do líder chavista”, dos quais dois buscavam o “sequestro e a morte” de Maduro. Ele disse que “entregará as provas” dessas conspirações ao chefe da oposição, Gerardo Blyde, e que esperará pela “posição dessa parte nas negociações”.
Enquanto falava sobre os tais planos conspiratórios, Rodriguez acabou indicando também que o ditador será novamente o representante do chavismo na disputa presidencial.
"Somos culpados de não aceitar, de não permitir, de revelar, de desmantelar os planos que buscam o assassinato do ‘presidente’, que também é nosso candidato", disse Rodríguez aos deputados, que começaram a aplaudir e a gritar palavras de ordem a favor de Maduro.
A Procuradoria-geral da Venezuela, comandada por Tarek Saab, ligado ao chavismo, informou na segunda-feira (22) a detenção de 32 pessoas, entre civis e militares, e a emissão de 11 ordens de prisão contra supostos envolvidos nos planos conspiratórios contra Maduro.
Segundo informações do portal argentino Infobae, nos últimos três dias, o partido de Machado, Vamos Venezuela, denunciou a prisão de três líderes regionais de sua campanha e a vandalização de várias de suas sedes, nas quais escreveram “Fúria Bolivariana”, nome de um plano lançado por Maduro para “defender o direito à paz”.
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