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Trump em manifestação do Partido Republicano no Alabama, no final de agosto
Trump em manifestação do Partido Republicano no Alabama, no final de agosto| Foto: EFE/EPA/ERIK S. LESSER

Trechos do livro “Peril” (“Perigo”), parte de uma série dos jornalistas Bob Woodward e Robert Costa sobre os bastidores da presidência de Donald Trump (2017-2021) nos Estados Unidos, foram revelados nesta terça-feira (14) pelo Washington Post.

Nas partes divulgadas pelo periódico, os dois jornalistas descrevem que o general Mark Milley, chefe do Estado-Maior, se comunicou duas vezes com a China sem avisar Trump: a primeira vez em outubro de 2020, quatro dias antes da eleição americana, e em 8 de janeiro deste ano, dois dias após a invasão do Capitólio por manifestantes que contestavam a vitória do democrata Joe Biden.

Segundo trechos de “Peril”, que será lançado nos Estados Unidos na próxima semana, no primeiro contato Milley contemporizou críticas de Trump à China e negou ao chefe do Estado-Maior chinês, general Li Zuocheng, que haveria intenções de uma guerra com a segunda maior economia do mundo. “General Li, nós nos conhecemos há cinco anos. Se formos atacar, vou avisá-lo com antecedência. Não será uma surpresa”, disse, segundo Woodward e Costa.

Na ligação após a invasão do Capitólio, a intenção do americano seria garantir ao homólogo chinês que não havia instabilidade política nos Estados Unidos. “Estamos 100% estáveis. Tudo está bem. Mas às vezes a democracia pode ser atrapalhada”, disse, segundo o livro.

Ainda de acordo com “Peril”, Milley estava preocupado com uma suposta “deterioração mental” do presidente, e que teria manifestado essa opinião à presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi. O chefe do Estado-Maior teria inclusive reunido oficiais para revisar os procedimentos para o lançamento de armas nucleares, dizendo que o presidente sozinho poderia dar a ordem, mas que ele, Milley, também teria que estar envolvido.

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