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O mundo não deve esperar que a China preencha a lacuna deixada pelo corte da ajuda de países desenvolvidos a nações pobres, como consequência da recente crise financeira global, disse uma autoridade chinesa nesta terça-feira.

A China, que segundo algumas estimativas já superou o Japão como segunda maior economia do mundo, ainda tem muitos problemas próprios de desenvolvimento, segundo o vice-ministro do Comércio Yi Xiaozhun.

"A comunidade internacional não deveria pedir à China para substituir países desenvolvidos, para assumir suas obrigações", disse Yi numa entrevista coletiva antes de uma visita do primeiro-ministro Wen Jiabao à sede da ONU para participar de uma cúpula sobre desenvolvimento, na semana que vem.

"Quero salientar que a China continua sendo um país em desenvolvimento. O desenvolvimento continua sendo uma árdua tarefa para a China no longo prazo", afirmou Yi, ressaltando, no entanto, que o governo chinês fará o que estiver ao seu alcance. "Embora a China não seja rica e ainda enfrente muitos gargalos de desenvolvimento (...), estamos dando apoio na medida em que podemos a outros países."

Embora detenha a maior reserva mundial de divisas, a China ocupa apenas o 98o lugar mundial em termos de renda per capita, imediatamente à frente de El Salvador e atrás da Albânia.

Yi não citou cifras sobre a ajuda internacional chinesa, mas disse que até 2014 o governo espera que os investimentos chineses nos países em desenvolvimento cheguem a 70 bilhões de dólares por ano, bem acima dos 49,5 bilhões do ano passado.

Grande parte dessa quantia deve vir de empresas estatais, principalmente as envolvidas na extração de recursos naturais.

"Acredito que isso ajudará os países em desenvolvimento a nutrirem suas indústrias, a elevarem a arrecadação tributária e a ajudarem a criar mais empregos."

Em 2007, o Banco Mundial recolheu 42 bilhões de dólares para a Associação Internacional do Desenvolvimento, maior fundo mundial de ajuda a países pobres.

Para tentar repetir essa quantia neste ano, o Banco Mundial está recorrendo mais a doadores de países emergentes. Para isso, está prometendo uma maior supervisão no uso das verbas e até cogitando que países com problemas fiscais alonguem o prazo para a entrega das doações.

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