China impõe lockdown a terceira cidade por surto de Covid-19

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A China impôs lockdown à cidade de Anyang, de 5,5 milhões de habitantes, nesta terça-feira, após um surto de Covid-19. Essa é a terceira cidade chinesa a adotar a medida desde dezembro, o que elevou para cerca de 20 milhões o número de chineses atualmente confinados.

As cidades de Xi'an, de 13 milhões de habitantes, e de Yuzhou, 1,1 milhão, também estão sob lockdown. Além disso, foram impostas restrições sobre a cidade de Tianjin, que fica a 150 quilômetros de Pequim, que sediará os Jogos Olímpicos de Inverno a partir de 4 de fevereiro.

As autoridades de Anyang anunciaram a medida na noite de segunda-feira, ordenando à população que fique em casa e proibindo a circulação em veículos particulares, de acordo com informações da agência estatal Xinhua.

Uma campanha de testagem em massa está em andamento e todos os estabelecimentos não essenciais foram fechados, para "responder à grave situação de controle epidêmico e evitar a propagação do surto da variante ômicron do vírus", afirmou a agência estatal.

Segundo a imprensa do regime chinês, foram registrados 58 casos de Covid-19 na terça-feira em Anyang, na província de Henan, e não foram detalhados quantos desses foram causados pela ômicron. O total de infecções na cidade aumentou para 84 desde o sábado.

Em Tianjin, os residentes estão proibidos de sair da cidade sem autorização das autoridades, que também ordenaram a testagem em massa na municipalidade de 14 milhões de pessoas.

Em Xi'an, o lockdown tem complicado a vida dos moradores, que relatam dificuldades de comprar itens de necessidade básica.

A Comissão Nacional de Saúde informou nesta terça-feira que foram registrados 110 infecções locais por coronavírus em toda a China continental. Desses casos locais, 87 foram relatados na província de Henan, 13 em Shaanxi e 10 em Tianjin. Outros 82 casos importados foram relatados em 11 regiões, de acordo com as autoridades chinesas.

A China registrou oficialmente 4.636 mortes por Covid-19 desde o início da pandemia, apenas duas delas em 2021. No entanto, especialistas estimas que os dados do país estejam altamente subestimados.