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Uma Corte de Justiça chinesa manteve hoje as sentenças de cinco pessoas condenadas por envolvimento no escândalo de leite contaminado. A fraude matou seis bebês e deixou centenas de milhares de crianças doentes no ano passado.

A mídia estatal informou que uma corte da província de Hebei rejeitou a apelação de Tian Wenhua, condenada à morte. Tian, de 66 anos, era a gerente-geral e diretora da hoje falida Sanlu, companhia de laticínios no cerne do escândalo. Ela era a executiva mais graduada envolvida no caso.

A corte também manteve as penas de morte de Zhang Yujun, um criador de gado, e de Gao Junjie, informou a televisão estatal. Ambos foram condenados por vender "pó proteico" contendo melamina. Essa substância era usada para fraudar testes de proteína, o que permitia o acréscimo de água à mistura, aumentando os lucros. Também hoje, a corte manteve as condenações de dois irmãos, punidos por produzir produtos lácteos tóxicos. Geng Jinping, que gerenciava um centro de produção de leite, foi sentenciado à morte por vender centenas de toneladas de leite contaminado da Sanlu. Seu irmão, Geng Jinzhu, um motorista na empresa, pegou oito anos de prisão.

As execuções devem ainda ser analisadas pela Corte Suprema do Povo. As sentenças mostram a intenção de Pequim de enfrentar os persistentes problemas com a segurança alimentar e o desejo da liderança comunista de superar rapidamente a questão. Quase 300 mil crianças adoeceram pelo leite em pó infantil contaminado com a melamina, que pode causar pedras nos rins e, em caso graves, morte por falência renal. O escândalo, revelado em setembro do ano passado, causou descontentamento internacional. O país criou leis e reforçou a regulação para as empresas do setor de alimentos.

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