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A China afirmou nesta segunda-feira que mandará um diplomata à Síria na tentativa de conter a violência no país e resolver uma crise que contrapõe governo chinês a árabes e ocidentais.

Li Huaxin, ex-embaixador da China em Damasco, chegará na terça-feira à Síria para uma visita de dois dias, na qual irá promover um plano com seis itens proposto no fim de semana pelo governo chinês.

Junto à Rússia, a China usa seu poder de veto no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) contra qualquer medida que ameace o governo do presidente Bashar al-Assad, aliado dos chineses.

Citando as "opiniões diferentes" da comunidade internacional sobre uma crise que "continua se acalorando e se torna mais séria", um porta-voz da chancelaria disse que a China insiste numa "solução política" para o conflito.

Governos ocidentais e árabes acusam a China e a Rússia de ter dado carta branca às forças de Assad para reprimir a rebelião iniciada há cerca de um ano no país. O envio do diplomata chinês a Damasco parece ser uma tentativa de responder a isso.

"A China acredita que, com base nos recentes acontecimentos e mudanças na Síria, é necessário explicarmos mais nossas políticas e propostas", disse o porta-voz Liu Weimin.

No plano anunciado no fim de semana, a China diz que outras potências não devem usar a ajuda humanitária aos civis sírios para "interferir" no país, e pede a todos os lados envolvidos no conflito -Assad e a oposição- que interrompam a violência de forma "imediata, total e incondicional".

A China teme que uma resolução da ONU sobre a Síria abra caminho para uma ação militar internacional que derrube Assad. Pequim se absteve no caso de uma intervenção semelhante na Líbia, no ano passado, mas depois insinuou que os países da Otan extrapolaram o mandato concedido pela ONU.

"A China não aprova a interferência armada nem a imposição de uma 'mudança de regime' na Síria, e acredita que o uso ou a ameaça de sanções não ajudam a resolver essa questão apropriadamente", disse o governo chinês no fim de semana.

Li já esteve no mês passado no Oriente Médio discutindo a situação síria e não há nada que indique que o resultado será mais frutífero desta vez. Mas o porta-voz Liu afirmou que a crise só poderá ser resolvida por meio de negociações políticas.

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