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Cientistas descobriram um buraco negro tão grande que desafia a teoria sobre a maneira como eles crescem. Eles disseram que o fenômeno em questão foi formado cerca de 900 milhões de anos após o Big Bang, a explosão que teria dado início ao universo. Mas como as medidas indicam que ele é 12 bilhões de vezes maior que o sol, o buraco negro desafia uma hipótese amplamente aceita sobre seu ritmo de expansão.

“Baseado em pesquisas anteriores, este é o maior buraco negro já encontrado para este período de tempo”, disse o doutor Fuyan Bian, da Escola de Pesquisa em Astronomia e Astrofísica da Universidade Nacional Australiana (ANU, na sigla em inglês), à Reuters nesta quarta-feira (25). “A teoria atual estabelece um limite para quão rápido um buraco negro pode crescer, mas este buraco negro é grande demais para essa teoria.”

A criação de buracos negros supermaciços é um tema de pesquisa em aberto, mas durante muito tempo muitos cientistas acreditaram que o ritmo de crescimento destes fenômenos era limitado. Os buracos negros crescem, sugere a teoria, à medida que absorvem massa. Entretanto, à medida que a massa é absorvida, ela é aquecida e cria pressão radiativa, o que empurra a massa para longe do buraco negro. “Basicamente, você tem duas forças equilibradas, o que estabelece um limite para o crescimento, e que é muito menor do que o que descobrimos”, afirmou Bian.

O buraco negro foi descoberto por uma equipe de cientistas liderada por Xue-Bing Wu, da Universidade de Pequim, na China, como parte da pesquisa espacial Sloan Digital Sky Survey, que forneceu dados de imagens de 35% do céu do hemisfério norte. A ANU está conduzindo um projeto comparável, conhecido como SkyMapper, para realizar observações do céu do hemisfério sul. Bian espera que mais buracos negros sejam observados à medida que o projeto avançar.

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