Estudos em seres humanos já indicaram, e pesquisas em camundongos agora comprovaram, que é a ativação do próprio sistema de defesa do organismo pela fumaça do cigarro a causa da destruição de células do pulmão dos fumantes que leva ao enfisema.
Considerada uma doença pulmonar obstrutiva crônica, o enfisema tem como principal sintoma a dificuldade em respirar. Essas doenças crônicas do pulmão deverão, na próxima década, tornar-se a quinta maior causa de morte no mundo, segundo o estudo publicado na revista Science Translational Medicine.
A defesa do organismo é feita por anticorpos que reagem contra substâncias presentes no invasor, os antígenos, e também pelos glóbulos brancos do sangue.
Censura a dados sobre gripe aviária é debatida
O pedido de restrição, feito pelo governo dos EUA, à publicação de dados de um estudo sobre gripe aviária foi tema de artigos publicados esta semana na revista Science.
Em dezembro, o editor da revista comunicou que o governo americano havia pedido que as informações obtidas por uma pesquisa, que conseguiu fazer o vírus H5N1 ser transmitido entre dois mamíferos, tivessem acesso restrito. O vírus, causador da chamada gripe aviária, é transmitido de aves para humanos, mas não entre humanos como a gripe comum. A letalidade da doença chega a até 80% em alguns países.
A pesquisa feita por Ron Fouchier, no Centro Médico Erasmus, na Holanda, alterou o vírus para que ele se tornasse transmissível entre ferrets, mamíferos.
O objetivo do trabalho é antecipar o comportamento do vírus caso a transmissão entre pessoas se torne possível e avançar no desenvolvimento de vacinas.
O pedido de censura aos dados pelo governo americano foi justificado pelo risco de bioterrorismo: nas mãos erradas, essas informações poderiam ser usadas para criar uma pandemia grave.
Os autores se defenderam dizendo que "a própria natureza deveria ser considerar a principal bioterrorista".
Segundo Fouchier, os vírus que emergiram de seus reservatórios naturais já mataram milhões de pessoas sem a interferência dos humanos.
Nebulosa tem formato de olho
Cientistas do Observatório Europeu do Sul (ESO) visualizaram pela primeira vez uma nebulosa com um curioso formato de olho.
A Nebulosa da Hélice foi fotografada pelo telescópio Vista, um dos instrumentos do ESO que fica no Observatório do Paranal, no Chile. O telescópio é capaz de detectar radiação infravermelha, o que permite a visualização de objetos astronômicos muito distantes da Terra. A Nebulosa da Hélice está localizada na direção da constelação do Aquário, a 700 anos-luz de distância da Terra. Um ano-luz equivale a aproximadamente 9,5 trilhões de quilômetros. As nebulosas planetárias são compostas por nuvens de hidrogênio, poeira e plasma.
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