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A Colômbia afirmou nesta segunda-feira (20) que não propôs um acordo humanitário com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) para obter a libertação de 24 reféns quando autorizou a senadora Piedad Córdoba a participar da entrega unilateral e simultânea dos sequestrados.

A posição do governo deve dificultar ainda mais a libertação dos reféns, alguns deles há mais de 11 anos em poder da guerrilha em acampamentos no meio da selva.

O secretário de Informação e Imprensa da Presidência, César Mauricio Velásquez, disse que o presidente Alvaro Uribe autorizou a senadora do Partido Liberal (de oposição) a participar com a Cruz Vermelha Internacional e a Igreja Católica do ato de libertação simultânea dos reféns.

"É importante relembrarmos a declaração do presidente de 8 de julho, que é clara, breve e precisa", afirmou.

No fim de semana, as Farc insistiram na necessidade de um acordo humanitário com o governo para libertar os integrantes do Exército e da Polícia sequestrados, em troca da libertação de guerrilheiros presos.

As Farc anunciaram que, enquanto o governo define as circunstâncias de modo, tempo e lugar para avançar em um acordo de reféns, tomaria medidas para libertar o suboficial Pablo Emilio Moncayo e o soldado Josué Daniel Calvo e entregar os restos mortais do capitão Julián Guevara, que morreu no cativeiro.

Em resposta a uma carta da guerrilha, a senadora Córdoba disse no domingo que sua mediação humanitária estava condicionada à confirmação oficial pelo presidente.

Sem avanços

O grupo rebelde mantém sequestrados atualmente 24 integrantes das Forças Armadas e pressiona o governo de Uribe por um acordo que permita trocar os reféns de caráter político por centenas de guerrilheiros presos.

As Farc anunciaram em abril a disposição de entregar Moncayo e Calvo à senadora Córdoba, mas Uribe se opôs com o argumento de que a guerrilha buscava limpar sua imagem no exterior e ganhar espaço nas eleições legislativas e presidenciais de 2010.

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