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Integrante das Farc auxilia uma guerrilheira, na Colômbia | Marcelo Salinas/AFP
Integrante das Farc auxilia uma guerrilheira, na Colômbia| Foto: Marcelo Salinas/AFP

O governo da Colômbia e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) anunciaram ontem que adiarão para a próxima segunda-feira a segunda rodada das negociações de paz, marcada para Havana.

O evento na capital cubana estava marcado para começar na próxima quinta e ir até domingo. Em comunicado, as duas partes informaram que vão analisar os mecanismos de participação popular nos diálogos, não prevista no acordo inicial, em agosto.

O processo de paz foi lançado formalmente em 18 de outubro, em Oslo, na Noruega. Os governos de Cuba e Noruega atuam como fiadores dos diálogos de paz, enquanto Chile e Venezuela são os colaboradores.

Os primeiros detalhes da negociação foram definidos em reuniões preliminares em Havana na semana passada. Após os encontros, foram mantidos os cinco pontos do diálogo — reforma agrária, participação política, drogas ilícitas, abandono das armas e vítimas.

O primeiro assunto a ser debatido na mesa de diálogos é o problema da terra na Colômbia, que representa um desafio por se tratar de um dos pontos de origem do conflito armado colombiano, que começou há quase meio século.

Cerca de 1% da população colombiana possui 52% das propriedades rurais. Desde 1985, 5,5 milhões de pessoas deixaram seus lugares de origem ao serem retirados de suas terras.

Em viagem a Portugal, o presidente Juan Manuel Santos pediu que as Farc tenham "boa vontade" durante as negociações. "Esperamos que na mesa de negociação se mostre boa vontade. Se há uma boa vontade há acordos; se não há boa vontade, não há acordos".

Nas últimas semanas, o grupo armado aumentou seus ataques contra postos da polícia e do exército avaliados por especialistas locais como atos para mostrar uma força militar no início das negociações.

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