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O presidente da Colômbia, Iván Duque, em coletiva de imprensa na capital Bogotá, em 6 de maio
O presidente da Colômbia, Iván Duque, em coletiva de imprensa na capital Bogotá, em 6 de maio| Foto: Diana Sanchez / AFP

O presidente da Colômbia, Iván Duque, aumentou o volume de suas críticas ao ditador venezuelano, Nicolás Maduro, ao pedir nesta sexta-feira (10) que a Assembleia Nacional deste país "permita e facilite a captura" dos membros da guerrilha colombiana ELN (Exército de Libertação Nacional) que estão acampados na Venezuela.

Os dois países estão com relações cortadas, por iniciativa de Maduro. "As principais cabeças do ELN estão sendo protegidas por Maduro, por isso convido o presidente Juan Guaidó e a AN que permita e facilite a captura desses delinquentes."

Duque ainda acrescentou: "Para ninguém é mentira que Maduro, o ditador que vem golpeando o povo venezuelano, tem sido um promotor, um financiador e um patrocinador do ELN".

Guaidó respondeu que "este é o momento para que nossas Forças Armadas exerçam a soberania da nação e lutem contra essa ocupação em nosso território".

"A Colômbia, país irmão, pode contar com que a Venezuela deixará de ser santuário de terroristas. Faremos todas as gestões em conjunto com a Assembleia Nacional para colaborar com a Colômbia e com o mundo para evitar e deter ataques que colocam em xeque a população de nossos países."

O mandatário colombiano deu essas declarações em Cartagena, depois de uma reunião em que conheceu dados do serviço de inteligência de seu país. Também alertou que foram detectadas conversas suspeitas que sugerem que há uma tentativa de armar um atentado contra ele mesmo, por parte do ELN e com o apoio do ditador venezuelano.

1000 guerrilheiros do ELN na Venezuela

Duque alertou que a presença do ELN em território do país vizinho já é um problema antigo, mas que vem crescendo graças ao apoio de Maduro, que estaria dando à guerrilha "armas, dinheiro e apoio, violando resolução do Conselho de Seguranças das Nações Unidas".

Afirmou, por fim, que obteve informações que "confirmam que Maduro não apenas está estimulando o ELN a recrutar crianças na fronteira venezuelana com a Colômbia, mas também os está estimulando a praticar delitos".

Mais de 1000 guerrilheiros do ELN estão na Venezuela, o general Luis Fernando Navarro, das forças militares da Colômbia, afirmou ao jornal colombiano El Tiempo.

"Nossos informes de inteligência são muito claros em determinar que mais de 45% ou 47% do ELN está na Venezuela", afirmou.

Navarro disse ainda que a conivência da Guarda Venezuelana é "total e absoluta".

"São mais ou menos 1000 homens armados e de redes de apoio do terrorismo que se encontram nos estados fronteiriços da Venezuela com a Colômbia", disse o general.

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