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O último jogo das oitavas-de-final reúne, nesta terça, a partir das 15 horas, no estádio do Spartak de Moscou, a Inglaterra e a Colômbia. A primeira representa a tradição, o berço do futebol. A segunda, uma eterna promessa. É a 15° participação inglesa nas Copas. Em termos de resultados, estão bem melhores do que os colombianos: foram campeões em 1966 e obtiveram um quarto lugar em 1990. Já os colombianos vêm de um bom desempenho em 2014, quando chegaram até as quartas de final, sendo eliminados pelo Brasil.

Longe dos gramados, os dois países passam por momentos importantes em sua história: na Colômbia, a eleição do direitista Iván Duque, que promete alterações no acordo de paz firmado com as Farc pelo atual presidente Juan Manuel dos Santos; e na Inglaterra, o governo entra na reta final das negociações da saída do país da União Europeia. 

Obstáculos para o Brexit 

O país que iniciou uma tentativa - fracassada - de boicote da Copa do Mundo depois de romper relações diplomáticas com a Rússia, enfrenta obstáculos nas negociações do Brexit. A primeira-ministra Theresa May está dividida sobre a estratégia que utilizará nesta separação: manter relações próximas com a UE, agradando empresários, ou romper completamente com o bloco, evitando ser acusada de traição por puristas do Brexit. 

A saída do Reino Unido da União Europeia deve ocorrer em março de 2019, e a proximidade da data está fazendo com que empresários percam a paciência com a falta de progresso nas negociações. Algumas multinacionais, como a BMW e a Airbus, já afirmaram que novos investimentos no país estão sendo revisados e que se um acordo com a UE não for fechado, elas poderiam realocar a produção. 

Paz na Colômbia 

Enquanto o Reino Unido discute os acertos de seu divórcio, a Colômbia promete rever os termos do seu acordo de paz com as Farc, facção criminosa transformada em partido político, diante da eleição do direitista Iván Duque como presidente do país. Em seu discurso de vitória, em junho, ele falou em “correções” para que “as vítimas sejam o centro do processo [de paz], para garantir verdade, justiça e reparação”. 

Duque ainda defende que "o desarmamento e a desmobilização dos guerrilheiros sejam completos, que os deslocados internos possam voltar para casa, e que a Justiça será feita com a lei, e não com vinganças". Outro desafio do novo presidente será reduzir a área de cultivo de coca no país, que se expandiu 11% em 2017, alcançando 209 mil hectares, segundo estimativas do ONDPC (Gabinete Nacional de Controle de Drogas) dos EUA. Duque anunciou que busca “combinação de segurança e desenvolvimento social” para chegar aos números de 2010 e 2012, quando as plantações ilegais não passavam de 50 mil hectares. Para isso, disse, contará com o apoio - ou pressão - dos Estados Unidos.

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