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General Qassem Soleimani, do Irã, morreu em bombardeio no Iraque.
General Qassem Soleimani, do Irã, morreu em bombardeio no Iraque.| Foto: Handout / KHAMENEI.IR / AFP

O presidente Donald Trump estabeleceu que uma agressão do regime iraniano contra os americanos seria a linha que os Estados Unidos jamais aceitariam que fosse cruzada. Isso era para valer e agora Qasem Soleimani está morto.

Os EUA mataram o maior terrorista iraniano no aeroporto de Bagdá, onde ele teria acabado de chegar da Síria. Chefe da Força Quds, comando de elite da Guarda Revolucionária, Soleimani foi o instrumento do imperialismo iraniano em toda a região, construindo alianças, supervisionando operações e executando sua visão geopolítica. Ele estava bem no centro do regime iraniano e era excepcionalmente habilidoso em seu papel, aperfeiçoado por décadas de crueldade e astúcia.

Ele também foi um assassino a sangue frio de americanos, responsável pela morte de centenas de militares durante a guerra do Iraque. De acordo com uma declaração do Pentágono, Soleimani estava desenvolvendo planos para atacar diplomatas e militares americanos no Iraque e em toda a região, o que não é difícil de acreditar, já que esse era o trabalho dele.

O governo Trump e Teerã estão envolvidos em um jogo de gato e rato há meses, com o Irã envolvido em provocações destinadas a obter uma resposta americana. Trump havia sido extremamente cauteloso, apenas dando um aviso contra um ataque aos americanos. Depois de um bombardeio de uma milícia apoiada pelo Irã, o Kataib Hezbollah, em uma base no Iraque, que matou um empreiteiro americano, os EUA retaliaram com ataques aéreos contra o grupo. Isso levou à invasão, organizada pelo Irã, da embaixada dos EUA em Bagdá. O assassinato de Soleimani, um ato legal contra um combatente inimigo sob as regras da guerra, é um impressionante contramovimento do presidente Trump.

Nem George W. Bush nem Barack Obama se atreveram a dar esse passo, e isso certamente abalou totalmente o regime iraniano. A questão agora é como o Irã vai reagir. Ele tem cartas para jogar, seja agitando ainda mais a situação no Iraque, atingindo os aliados americanos por meio dos seus próprios aliados, ou realizando ataques terroristas no Ocidente ou mesmo em solo americano. Mas os EUA têm o poder de elevar as apostas contra o Irã em qualquer escalada, e Teerã, já lutando sob rigorosas sanções dos EUA e enfrentando distúrbios internos, tem mais a perder.

O conflito de décadas com o Irã pode estar prestes a entrar em uma fase de hostilidades abertas, não vistas desde o governo Reagan. O presidente Trump fez uma jogada ousada. Nas próximas semanas, ele e sua equipe terão de combiná-lo com planejamento, perspicácia e perseverança. Enfrentamos um inimigo determinado que, felizmente, agora está desfalcado de um terrorista sanguinário, graças a um drone americano.

© 2019 National Review. Publicado com permissão. Original em inglês.

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