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Início da restauração do Coliseu demorou por causa de dois processos administrativos | Vicente Villamón/Creative Commons
Início da restauração do Coliseu demorou por causa de dois processos administrativos| Foto: Vicente Villamón/Creative Commons

Projeto inicial prevê que as obras no Coliseu durem dois anos e meio, e que estas não impedirão a visitação do público. A intenção é reforçar a estrutura do Anfiteatro.

Primeira fase será a da restauração das fachadas norte e sul; na segunda, a construção de um centro de serviços; e, na terceira, a melhora dos espaços internos e corredores.

A restauração do Coliseu de Roma começará nos próximos dias, dois anos depois do previsto, embora ainda exista quem coloque em dúvida o iminente início das obras de conservação do monumento.

A cada ano o Coliseu recebe cerca de 5 milhões de visitantes.

O novo prefeito de Roma, Ignazio Marino, surpreendeu ao anunciar na segunda-feira passada que o início das obras no Anfiteatro Flavio começaria em dez dias, uma vez que a administração municipal entregou a gestão à superintendência encarregada da restauração. A prefeitura assim se adiantou ao Ministério da Cultura, que queria fazer o anúncio, que aconteceu durante a mensagem de apresentação do projeto de transformação da Avenida dos Foros Imperiais – a principal de uma das mais importantes regiões arqueológicas do mundo – em via de pedestres.

A mudança na via será importante para a manutenção do Coliseu e também para as obras, disse a diretora do monumento, Rossella Rea. Segundo ela, além da restauração, o Coliseu precisa se apossar do espaço que o cerca. "Atualmente, a zona exterior é muito pequena, se levarmos em conta os 17 mil turistas por dia que visitam o Anfiteatro Flavio e os que ficam apenas em seus arredores. Imagino o Coliseu do futuro assim: um espaço amplo, livre. Imagino um espaço a serviço do Anfiteatro, com painéis didáticos", explicou.

Apesar do anúncio da reforma com as obras de mobilidades, ainda persiste a dúvida de que o novo prazo dado pelo prefeito de Roma seja possível. Isso porque o Conselho de Estado tem pendente a resolução de dois recursos administrativos relacionados com licitações para financiar a restauração.

Um dos processos foi aberto por supostas irregularidades na licitação do calçamento da área. O outro partiu da empresa Lucci, segunda colocada na licitação da primeira parte das obras, vencida pela Gherardi, em contrato de 8 milhões de euros (R$ 23,6 milhões).

Esses recursos atrasaram o início da restauração do Coliseu, datado do século I, já que as autoridades italianas decidiram esperar o fim da disputa jurídica. Assim, acredita-se que mesmo com o anúncio de Marino, a largada para as obras poderá demorar. Além disso, a montagem da estrutura necessária, como transporte de materiais e levantamentos dos andaimes, faria com que a reforma não começasse até agosto.

O projeto inicial prevê que as obras no Coliseu durem dois anos e meio, e que essas não impedirão a visitação do público.

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