A chapa republicana Mitt Romney e Paul Ryan passou o dia de ontem tentando sair da defensiva, contra-atacando com acusações de que o presidente Barack Obama "quer redistribuir renda", em meio à divulgação de novas pesquisas de opinião que mostram o democrata abrindo vantagem. Segundo sondagem do Instituto Pew concluída no domingo, antes que viesse à tona o vídeo no qual Romney diz que 47% dos americanos dependem do governo e se acham vítimas, Obama abriu uma vantagem de oito pontos porcentuais: aparece com 51% contra 43% de Romney. Na média das pesquisas nacionais, consolidada pelo site Real Clear Politics, Obama tem uma vantagem de 2,9 pontos porcentuais.
Romney continua tentando apagar os estragos causados por suas declarações e divulgadas na internet. Seu discurso a um grupo de doadores reunidos em Boca Ratón, na Flórida, lhe rendeu duras críticas ontem nos editoriais dos dois principais jornais do país. O New York Times afirmou que "a verdade é que Mitt Romney vem tentando incitar a raiva de uma pequena fatia dos americanos que não precisa da ajuda do governo mas a recebe de qualquer maneira, contra os trabalhadores pobres, os mais velhos, os deficientes e os veteranos de guerra, e até mesmo contra um pedaço significativo da classe média americana".
Em reação às crítica a Romney, o site conservador Drudge Report foi o primeiro a chamar a atenção para um vídeo de 1998 em que Obama, então senador pelo estado de Illinois, afirma acreditar na redistribuição de renda. O vídeo, publicado no YouTube, foi insistentemente exibido pela FoxNews durante todo o dia. E em entrevista à emissora, Romney foi direto.
"Temos compaixão, mas deixamos que as pessoas construam suas próprias vidas. Acreditamos na livre iniciativa e na liberdade para as pessoas, não em redistribuição. Acreditamos em gerar crescimento, e não em redistribuir renda", declarou o ex-governador.
"Green card"
Projeto propõe visto para estrangeiros formados nos EUA
Senadores democratas apresentaram ontem ao Congresso dos EUA um projeto de lei para conceder a imigrantes superqualificados 55 mil "green cards" o documento que permite ao estrangeiro viver e trabalhar no país.
O alvo são mestres e doutores nas áreas de ciência, tecnologia, matemática e engenharia formados em universidades americanas. Hoje, eles podem solicitar o visto H1-B, para profissionais que exercem funções não preenchidas por americanos. Mas são submetidos a uma cota anual de 20 mil e a um longo processo burocrático.
Se aprovada, a lei criará um projeto piloto de dois anos que mais do que dobrará a cota coberta pelo HB-1. Há contudo três condições: o solicitante precisa obter o título em uma universidade americana reconhecida, ter oferta de emprego nos Estados Unidos e seu contratador deve provar que não há um americano no mesmo nível para a vaga.
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