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Crianças iemenitas deslocadas devido ao conflito no país, que já dura sete anos
Crianças iemenitas deslocadas devido ao conflito no país, que já dura sete anos| Foto: EFE/EPA/YAHYA ARHAB

O Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) decidiu nesta quinta-feira (7) encerrar as investigações sobre crimes de guerra no Iêmen. Numa votação liderada pelo Bahrein, aliado da Arábia Saudita (que não é membro votante do conselho), 21 países, incluindo China, Cuba, Paquistão, Rússia e Venezuela, votaram contra uma resolução apresentada pela Holanda para que a investigação independente prosseguisse por mais dois anos.

Dezoito países, entre eles França, Reino Unido e Alemanha, votaram pela continuação dos trabalhos. Houve sete abstenções e a delegação da Ucrânia não compareceu.

Foi a primeira vez que uma resolução foi derrotada no Conselho de Direitos Humanos, criado em 2006. Desde o início do conflito em que uma coalizão liderada pelos sauditas enfrenta rebeldes Houthi aliados do Irã, há sete anos, mais de 100 mil pessoas já foram mortas.

A ONU considera o Iêmen como a pior crise humanitária do mundo na atualidade, com mais de 20 milhões de pessoas necessitando de assistência e proteção humanitária, sendo que mais de 12 milhões estão em extrema necessidade. Quatro milhões de pessoas foram deslocadas das regiões onde viviam, 83% delas mulheres e crianças.

Segundo informações da agência Reuters, o embaixador holandês, Peter Bekker, declarou que o Conselho de Direitos Humanos “falhou com o povo do Iêmen”. Um porta-voz da Secretaria Geral da ONU disse que a entidade “continuará pressionando” pela atribuição de responsabilidades no Iêmen.

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