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O general James Amos, indicado pelo presidente Barack Obama para comandar o Corpo de Marines dos EUA, disse nesta terça-feira no Senado que é contra o fim da regra que proíbe a presença de homossexuais assumidos nas Forças Armadas, tema que será votado pelos senadores.

Pela norma em vigor, adotada em 1993, homossexuais podem ser militares, desde que não mencionem o fato. A regra ficou conhecida como "não pergunte e não conte."

Amos disse que alterar o procedimento poderia "distrair" os marines que combatem no Afeganistão e perturbar a coesão entre os mais de 200 mil soldados da ativa.

"Na minha visão pessoal, a atual lei e a política associada têm apoiado as exigências ímpares do Corpo de Marines, e portanto não recomendo sua revogação", disse ele respondendo a perguntas por escrito na Comissão de Serviços Armados do Senado.

O tema seria incluído numa votação regimental de terça-feira, referente a uma legislação de defesa de autoria do governo Obama. Para continuar tramitando, a medida precisa de 60 votos favoráveis.

O senador republicano John McCain, derrotado por Obama na eleição presidencial de 2008, perguntou a Amos sobre os resultados de uma recente pesquisa sobre o assunto feita pelo Departamento de Defesa.

"Senhor, pelo que ouvi nos quartéis dos marines e na participação dos marines na pesquisa online, (a reação à mudança na regra) é predominantemente negativa", respondeu Amos.

O assunto tem mobilizado a opinião pública nesta temporada pré-eleitoral nos EUA. Na semana passada, a cantora Lady Gaga divulgou um vídeo pedindo ao Senado e aos seus "compatriotas americanos" que pressionassem pelo fim da regra "não pergunte e não conte".

O atual comandante dos marines, James Conway, disse no mês passado que a ampla maioria dos marines é contra dividir alojamento com homossexuais assumidos.

Tanto Conway quanto Amos, seu sucessor, disseram no entanto que respeitarão a lei caso o veto aos homossexuais assumidos seja derrubado.

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