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Estudantes iranianos observam mísseis em exibição em mesquita em Teerã pela ocasião do segundo aniversário do ataque contra uma base americana no Iraque, após o assassinato de Qasem Soleimani, 7 de janeiro.
Estudantes iranianos observam mísseis em exibição em mesquita em Teerã pela ocasião do segundo aniversário do ataque contra uma base americana no Iraque, após o assassinato de Qasem Soleimani, 7 de janeiro.| Foto: EFE/EPA/ABEDIN TAHERKENAREH

A ditadura teocrática do Irã, presa em um confronto com os Estados Unidos, está sendo levada para a órbita da China. O acordo de Parceria Estratégica Abrangente Irã-China assinado em Teerã em março passado e a adesão do Irã à Organização de Cooperação de Shangai em setembro ressaltam a expansão dos laços políticos, econômicos e estratégicos entre os dois regimes.

Esses laços em evolução fortaleceram a capacidade do Irã de resistir às sanções, amenizaram o seu isolamento e ajudaram as ações do país para alcançar a hegemonia regional.

Mas o Irã precisa da China mais do que a China precisa do Irã. Washington deve explorar essa assimetria aumentando os custos para Pequim de estreitar laços com o Irã, reduzindo seus benefícios econômicos e restringindo os benefícios potenciais para Teerã de ligações mais próximas com a China.

O governo Biden deve monitorar de perto as ligações sino-iranianas e trabalhar com os aliados dos Estados Unidos para mitigar os perigos desse alinhamento geopolítico. A cooperação estreita com aliados é necessária para aumentar a influência dos EUA sobre a China e o Irã e ajudar a restringir, se não impedir, uma aliança sino-iraniana completa.

Especificamente, os Estados Unidos devem:

Escalar as sanções ao Irã. Ao rejeitar, de forma imprudente, a estratégia de sanções de “pressão máxima” do governo Trump, o governo Biden relaxou a aplicação de muitas sanções. Essa política complacente e autodestrutiva reduziu a influência diplomática dos EUA sobre o Irã.

Isso, por sua vez, diminuiu as perspectivas de um resultado satisfatório nas negociações nucleares, encorajou um aumento nas exportações ilícitas de petróleo iraniano para a China e reduziu as barreiras para uma maior cooperação sino-iraniana.

Um retorno à política de sanções de “pressão máxima” não apenas aumentaria as perspectivas de um acordo nuclear satisfatório com Teerã, mas diminuiria os benefícios percebidos para a China do comércio com o Irã, reduzindo a capacidade do Irã de pagar pelas importações chinesas e aumentando as chances de que o atual regime iraniano seja derrubado pelo sofrido povo iraniano.

O aumento das sanções também prejudicaria a capacidade de Teerã de financiar seu desenvolvimento militar e de financiar sua rede de milícias e grupos terroristas.

Pressionar a China para que minimize seu apoio ao regime nocivo do Irã. Washington deve enfatizar que, a menos que Pequim encoraje Teerã a abrir mão de seu programa nuclear e encerrar os ataques feitos por grupos aliados, o Irã provavelmente continuará em seu atual curso de colisão com os EUA e seus aliados. Isso poderia minar os interesses econômicos chineses na região e atrapalhar as exportações regionais de petróleo das quais Pequim depende.

Fazer cumprir as sanções às importações chinesas de petróleo iraniano. Após a eleição do presidente Joe Biden, a China aumentou suas importações de petróleo iraniano. O governo americano pode erroneamente ver a sua falta de execução das sanções contra essas importações ilícitas como um gesto tácito de boa vontade tanto para Teerã quanto para Pequim, mas a boa vontade conta pouco para esses regimes.

Washington deve aplicar novas sanções contra as redes de navegação e as empresas chinesas que facilitam esse comércio de petróleo. O futuro econômico da China depende muito mais de relações econômicas estáveis ​​com os Estados Unidos do que de seu comércio muito menor com o Irã.

Trabalhar com aliados para minar o apoio chinês ao Irã. O governo Biden deve aumentar os custos e riscos para Pequim de se ter laços mais estreitos com Teerã, não apenas em termos de relações sino-americanas, mas também em termos de relações da China com outros Estados ameaçados pelo Irã.

Os principais entre eles são os Estados árabes do Golfo e Israel, cujas preocupações mútuas sobre o Irã foram um fator que contribuiu para a formação dos Acordos de Abraão. Atualmente, a China tem uma relação econômica e comercial muito maior com esses países do que com o Irã, e esse desequilíbrio provavelmente aumentará ainda mais devido às sanções dos EUA.

O ponto principal é que o governo Biden deve encerrar sua política autodestrutiva de buscar ansiosamente reviver o acordo nuclear fracassado de 2015 com o alívio da pressão sobre o Irã. Retornar a uma abordagem de pressão máxima é muito mais promissor.

Essa mudança de abordagem sobre as sanções não apenas melhoraria as chances de um resultado satisfatório das negociações nucleares com o Irã, mas também reduziria os incentivos econômicos de Pequim para construir laços mais estreitos com o Irã.

©2022 The Daily Signal. Publicado com permissão. Original em inglês

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