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Presidente francês, Nicolas Sarkozy (dir), recebe a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, antes da conferência "Amigos da Líbia" no Palácio Elysée, em Paris. Líderes da revolta líbia que derrubou Muamar Kadafi reúnem-se na quinta-feira em Paris com potências estrangeiras e organizações internacionais para mapear a reconstrução do país, exatamente 42 anos depois do golpe de Estado que levou Kadafi ao poder | REUTERS/Philippe Wojazer
Presidente francês, Nicolas Sarkozy (dir), recebe a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, antes da conferência "Amigos da Líbia" no Palácio Elysée, em Paris. Líderes da revolta líbia que derrubou Muamar Kadafi reúnem-se na quinta-feira em Paris com potências estrangeiras e organizações internacionais para mapear a reconstrução do país, exatamente 42 anos depois do golpe de Estado que levou Kadafi ao poder| Foto: REUTERS/Philippe Wojazer

Líderes da revolta líbia que derrubou Muamar Kadafi reúnem-se na quinta-feira em Paris com potências estrangeiras e organizações internacionais para mapear a reconstrução do país, exatamente 42 anos depois do golpe de Estado que levou Kadafi ao poder.

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron - artífices da intervenção militar da Otan que permitiu a vitória dos rebeldes líbios - estão recepcionando as delegações de mais de 60 países e entidades.

A pauta está toda espremida em apenas três horas de conferência, na qual as potências ocidentais buscarão maneiras de evitar que se repitam na Líbia os erros feitos no Iraque. Além da programação oficial, haverá provavelmente também conversas que representam os primeiros lances na disputa por oportunidades em setores como petróleo, energia elétrica e infraestrutura.

O chanceler francês, Alain Juppé, disse à rádio RTL que a prioridade é ajudar o Conselho Nacional de Transição (CNT) a atender às necessidades humanitárias e restaurar o abastecimento de água, combustíveis e energia na Líbia. Mas ele admitiu que as atenções estarão voltadas também para as oportunidades de investimento.

"Vocês sabem que esta operação na Líbia custou bastante. É também um investimento no futuro, porque uma Líbia democrática é um país que irá se desenvolver, oferecendo estabilidade, segurança e desenvolvimento na região", disse Juppé.

A Líbia, que possui enormes reservas de petróleo de alta qualidade, ficou muito subdesenvolvida sob o governo de Kadafi, que era um jovem capitão do Exército quando depôs o rei Idris, em 1.º de setembro de 1969.

A conferência dos "Amigos da Líbia" dará ao CNT a sua primeira grande oportunidade de se dirigir à comunidade internacional, uma semana depois de suas forças entrarem em Trípoli, apeando Kadafi do poder.

O presidente interino do CNT, Mustafa Abdel Jalil, abrirá a conferência vespertina apresentando metas que o novo governo pretende cumprir: uma nova Constituição, eleições dentro de 18 meses e medidas para evitar represálias. Já à noite, ele deve participar de uma entrevista coletiva ao lado de Sarkozy e Cameron.

Rússia, China e Brasil, que se opuseram à ação militar da Otan em prol dos rebeldes líbios, também participarão da conferência. Na terça-feira, Moscou reconheceu o CNT como legítimo governo do país africano.

Durante a conferência, o CNT deve pressionar pela rápida liberação de bilhões de dólares em patrimônio do governo líbio que estavam congelados no exterior, por causa de sanções da ONU contra Kadafi.

Estados Unidos, França e Grã-Bretanha já obtiveram autorização da ONU para liberar mais de 5 bilhões de dólares ao CNT.

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