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Gayle trabalhava para ONG humanitária que ajudava afegãos com deficiência | AFP PHOTO
Gayle trabalhava para ONG humanitária que ajudava afegãos com deficiência| Foto: AFP PHOTO

Homens armados em uma motocicleta mataram uma sul-africana que trabalhava com ajuda humanitária em Cabul nesta segunda-feira (20), no Afeganistão, informaram autoridades. Em outro incidente, tropas lideradas pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) atacaram um bastião a oeste da capital, iniciando um confronto de dois dias que deixou 20 militantes mortos.

A sul-africana identificada como Gayle Williams, de 34 anos, trabalhava para a ONG humanitária Serve, que ajudava afegãos que tinham deficiência. Ela foi morta na manhã, perto das 8 horas locais, quando andava sozinha pelas ruas da capital, segundo Najib Samsoor, chefe de um distrito policial. O ataque é mais um em meio à crescente insegurança em Cabul. A capital tem agora vários postos de controle policiais. Embaixadas, bases militares e a Organização das Nações Unidas constroem barreiras de cimento, como forma de se proteger dos atentados suicidas.

O Taleban assumiu a autoria do crime, afirmando em seu site na internet que matou a estrangeira por pregar o cristianismo no país. Gayle vivia no Reino Unido, mas tinha cidadania inglesa e sul-africana, segundo o jornal britânico "Time".

De acordo com a publicação, esta é a primeira morte de um funcionário estrangeiro de uma organização humanitária. O presidente da Serve, Mike Lyth, negou que Gayle tivesse qualquer atuação religiosa e que a ONG pregue o cristianismo. Ele afirmou que a funcionária havia se mudado para Cabul há pouco tempo, fugindo da falta de segurança em Kandahar, onde trabalhou antes.

"Nós estamos devastados pela perda de Gayle, que era uma menina adorável", disse Lyth segundo o "Times". "Ela era parte da África do Sul, parte britânica, e estava baseada no Reino Unido. Ela era uma grande aventureira que fez um monte de coisas diferentes na vida, mas isso era onde ela sentia que tinha encontrado seu lugar, trabalhando com afegãos".

Seqüestros tendo como alvo ricos afegãos têm sido um problema em Cabul, mas ataques contra ocidentais na cidade e nas províncias vizinhas também aumentaram recentemente. No meio de agosto, militantes do Taleban mataram três mulheres que trabalhavam para o grupo internacional de auxílio dos EUA International Rescue Committee, enquanto elas se dirigiam para Logar, província ao sul de Cabul.

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