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Soldado francês faz operação de segurança no país. O governo interino, empossado em janeiro e auxiliado por milhares de tropas pacificadoras francesas, europeias e africanas, não consegue deter a violência | REUTERS / Siegfried Modola
Soldado francês faz operação de segurança no país. O governo interino, empossado em janeiro e auxiliado por milhares de tropas pacificadoras francesas, europeias e africanas, não consegue deter a violência| Foto: REUTERS / Siegfried Modola

Pelo menos 28 pessoas morreram na República Centro-Africana durante vários dias de combates entre milícias muçulmanas e cristãs em uma cidade no centro do país assolado pela guerra, informaram um padre e um ex-membro do Parlamento à Reuters nesta segunda-feira (5).

Os confrontos ocorreram em Mala, cerca de 300 quilômetros ao norte da capital, Bangui, entre ex-rebeldes do grupo Seleka e a milícia cristã conhecida como "anti-Balaka". São os enfrentamentos mais recentes de meses de violência retaliatória que já matou milhares e deslocou mais de um milhão de pessoas.

Esse confronto começou na quinta-feira, depois que combatentes anti-Balaka saquearam depósitos de alimentos dos Seleka, disseram moradores à Reuters.

"Durante os quatro dias de combate, pelo menos 28 pessoas foram mortas, incluindo 22 civis e seis rebeldes Seleka", disse o ex-membro do Parlamento regional Augustin Ndoukoulouba, em Bangui.

Ndoukoulouba contou que os moradores lhe contaram que as ruas estavam repletas de corpos por não ter ninguém para enterrá-los, e os feridos não conseguiam obter ajuda.

Everaldo de Souza, um padre da cidade vizinha de Dékoa, disse à Reuters por telefone que sete pessoas foram mortas em três vilarejos próximos por ex-rebeldes do Seleka. O saldo final de mortes pode ser maior, afirmou.

A violência intercomunal tomou conta da ex-colônia francesa desde o fim de 2012, quando uma disputa de poder levou a combates entre milícias muçulmanas e cristãs.

O governo interino, empossado em janeiro e auxiliado por milhares de tropas pacificadoras francesas, europeias e africanas, não conseguiu deter a violência.

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