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Após 48 horas de violência, os confrontos entre policiais e jovens que protestam contra a morte de um adolescente por um policial já deixaram pelo menos 40 feridos na Grécia. A situação na capital, Atenas, era tranqüila na manhã desta segunda-feira, mas grupos de esquerda convocaram novos protestos para cinco grandes cidades. Em Salônica, a segunda maior cidade do país, os distúrbios já entraram em seu terceiro dia, com centenas de estudantes enfrentando policiais nesta manhã.

Na cidade, a polícia usou bombas de gás lacrimogêneo para conter os cerca de 300 manifestantes. Dois deles foram presos. Na capital, estudantes com entre 10 e 16 anos fizeram uma passeata pacífica. Escolas e universidades fecharam, numa paralisação que deve durar até quarta-feira, em protesto contra a ação da polícia.

Os maiores protestos são aguardados em Atenas, onde os partudos Coalizão de Esquerdas (SYN, na sigla em grego) e Partido Comunista (KKE) convocaram manifestações para esta segunda. O clima de tensão levou o primeiro-ministro da Grécia, Costas Caramanlis, a fazer um pronunciamento em cadeia nacional de televisão. Ele prometeu que fará "o possível para que o incidente não volte a acontecer", mas disse que não vai tolerar que os distúrbios nas ruas se prolonguem.

As manifestações de domingo reuniram cerca de 10 mil pessoas. A polícia prendeu 22 manifestantes. A maioria deles foi liberada, mas sete suspeitos de provocar distúrbios continuaram detidos.

Dois policiais foram presos em conexão com os disparos feitos contra o adolescente. O governo abriu uma investigação para apurar o episódio e disse que o resultado de um inquérito preliminar será divulgado nesta segunda-feira. Segundo as primeiras informações médicas, o jovem morreu em conseqüência de um tiro que atingiu seu coração.

O governo prometeu "punir os culpados" pela morte do jovem 15 anos, que teria sido baleado por um policial depois de atirar uma bomba de fabricação caseira em um carro da polícia durante um confronto na madrugada de sábado. Ele estava acompanhado por mais 5 pessoas, que também teriam atirado pedras na viatura, de acordo com a polícia.

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