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Uma comissão parlamentar americana recusou nesta terça-feira as desculpas do Yahoo!, acusado de não ter fornecido as informações completas sobre a prisão de um dissidente chinês, e chamou de "negligente" e "decepcionante" a atitude do gigante da internet.

Na sexta-feira passada, o vice-presidente executivo do Yahoo!, Michael Callahan, apresentou em uma carta suas desculpas pelo comportamento da empresa durante a investigação do Congresso dos Estados Unidos sobre a forma com que sua companhia teria agido por ocasião da prisão do jornalista chinês Shi Tao.

A comissão para Assuntos Estrangeiros da Câmara dos Representantes estima que os responsáveis do Yahoo! omitiram voluntariamente certas informações em sua audiência de fevereiro de 2006 e, portanto, os convocaram novamente nesta terça-feira.

O Yahoo! afirma que trata-se apenas de um mal-entendido. "Sejamos claros: não houve mal-entendido. Esta foi uma atitude pelo menos negligente e, no pior dos casos, decepcionante", criticou nesta terça-feira Tom Lantos, presidente da comissão, na abertura da audiência.

"O Yahoo! tem pouca consideração pelo trabalho de uma comissão do Congresso, ou pouca consideração com a proteção dos direitos humanos", acrescentou.

Shi Tao foi condenado na China em abril de 2005 a 10 anos de prisão pela publicação de segredos de Estado, depois de difundir pela internet uma mensagem do governo chinês aos meios de comunicação, que os proibia de comemorar o aniversário da repressão do movimento pró-democrático de Tiananmen em 1989.

A polícia chinesa chegou até o jornalista graças à ajuda do Yahoo!. A empresa alega ter sido obrigada pela legislação chinesa a fornecer informações sigilosas, inclusive os conteúdos dos correios eletrônicos de Shi.

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