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Os egípcios votaram, neste sábado, no segundo turno da votação da constituição elaborada pelos islâmicos que, segundo opositores, irá aprofundar os tumultos na nação árabe mais populosa do mundo.

Os apoiadores islâmicos do presidente Mohamed Mursi, eleito em junho, dizem que a nova carta é vital para democratizar o Egito dois anos depois da deposição de Hosni Mubarak em um levante popular, e que ajudará a restaurar a estabilidade necessária para consertar a combalida economia do país.

Mas a oposição afirma que o documento cria divisões e acusa Mursi de impor um texto que favorece seus aliados islâmicos e ignora os direitos do cristãos, que somam cerca de dez por cento da população, e das mulheres.

À medida que as urnas eram abertas no sábado, uma coalizão de grupos de direitos humanos egípcios relatava uma série de irregularidades.

Eles disseram que alguns postos de votação abriram tarde, que islâmicos exortando o voto pelo ‘sim' fizeram campanha ilegal em alguns deles e relataram irregularidades nos registros de alguns eleitores, como a inclusão de uma pessoa morta.

O primeiro turno do pleito, na semana passada, resultou em 57 por cento de votos favoráveis à constituição, de acordo com cifras não-oficiais.

Analistas esperam mais um ‘sim' neste sábado, porque o voto encampa áreas rurais e outras áreas que teriam mais simpatizantes islâmicos. Os islâmicos também podem contar com muitos egípcios exaustos de dois anos de tumultos.

As urnas abriram às 8h locais (4h no horário de Brasília) e fecham às 19h (23h no horário de Brasília), embora a votação possa ser ampliada, como na semana passada.

Números não-oficiais devem surgir horas após o fechamento, mas o comitê do referendo pode não declarar um resultado oficial dos dois turnos antes de segunda-feira, depois de ouvir apelações.

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