A Coreia do Norte afirmou nesta quarta-feira (22) que obteve fotos das bases militares dos Estados Unidos na ilha de Guam, no Oceano Pacífico, registradas pelo seu primeiro satélite espião, que lançou nesta terça (21), a bordo de um foguete espacial.
A agência de notícias estatal KCNA informou que o ditador norte-coreano, Kim Jong-un, viu "fotos da base aérea de Anderson, do porto de Apra (onde está localizada uma base naval) e de outras áreas de importantes enclaves de tropas americanas, tiradas do céu sobre a ilha de Guam”.
Kim supostamente viu as imagens durante sua visita ao centro de controle geral da Administração Nacional de Tecnologia Aeroespacial (NATA), em Pyongyang, onde foi informado que o satélite Malligyong-1 iniciará oficialmente as operações no dia 1º de dezembro, depois de ser submetido a testes e ajustes ao longo dos próximos dias.
A KCNA publicou uma foto de Kim visitando o referido centro na companhia do vice-diretor do Departamento de Indústria de Munições, Kim Jong-sik, uma das principais figuras do programa de mísseis norte-coreano, e outra foto das instalações em que aparecem apenas painéis de controle que foram embaçados antes da publicação.
Por sua vez, o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JCS) explicou em comunicado que, depois de analisar cuidadosamente a sua trajetória e outros fatores, estima que “o satélite parece estar em órbita”, embora tenha acrescentado que “determinar se o satélite está operando normalmente levará algum tempo, pois serão necessárias análises adicionais”.
Se as afirmações do regime forem verdadeiras, as capacidades de vigilância norte-coreanas teriam dado um salto significativo com a implantação deste satélite, que lhe permitiria agora detectar, por exemplo, movimentos de tropas no nordeste da Ásia em momentos diferentes, uma vez que o dispositivo, localizado em uma órbita polar, faria mais de uma volta completa ao redor da Terra a cada dia.
Kim destacou a importância de monitorar os movimentos dos EUA e lembrou que nas últimas horas Washington mobilizou tanto o porta-aviões USS Carl Vinson como o submarino USS Santa Fe, integrado no mesmo grupo de ataque, no sul da península como parte do mecanismo de dissuasão estabelecido com Seul.
O marechal norte-coreano frisou também a “necessidade de lançar mais vários satélites de reconhecimento, colocando-os em órbitas diferentes e operando-os de forma prática e combinada”, segundo a agência estatal. (Com agência EFE)
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