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Combinação de fotos divulgada pela agência estatal da Coreia do Norte KCNA, em 13 de setembro, mostra teste de míssil de cruzeiro de longo alcance
Combinação de fotos divulgada pela agência estatal da Coreia do Norte KCNA, em 13 de setembro, mostra teste de míssil de cruzeiro de longo alcance| Foto: EFE/EPA/KCNA

A Coreia do Norte testou neste fim de semana um novo míssil de cruzeiro de longo alcance, segundo informou neste domingo a imprensa oficial do país, que segue sem avançar diálogo com os Estados Unidos sobre a desnuclearização de seus programas de armas em troca da suspensão de sanções.

A agência de notícias estatal KCNA indica que ocorreu mais de um lançamento, entre sábado e domingo. As operações foram classificadas como exitosas, após terem sido alcançados alvos localizados a 1,5 mil quilômetros de distância.

"O desenvolvimento do míssil de cruzeiro de longo alcance, uma arma estratégica de grande importância para alcançar o objetivo chave do plano quinquenal para o desenvolvimento das ciências da defesa e os sistemas de armas estabelecido no VIII Congresso do Partido tiveram um avanço", indica nota veiculada pela KCNA.

O texto ainda afirma que, para o desenvolvimento destes novos mísseis, nos dois últimos anos "aconteceram com êxito testes exaustivos de componentes de mísseis, dezenas de testes de propulsão do motor em terra, vários testes de voo, testes de controle e guiado, e testes sobre a potência das ogivas".

Diferente dos mísseis balísticos que também foram desenvolvidos e testados pelo regime de Pyongyang, os projéteis de cruzeiro não estão sujeitos a sanções do Conselho de Segurança da ONU, por serem considerados ameaça de menor escala.

Especialistas disseram à Reuters que a expressão "arma estratégica" é um eufemismo comum para sistemas com capacidades nucleares. Esse seria o primeiro míssil de cruzeiro norte-coreano designado explicitamente como tendo papel "estratégico". Não está claro se a Coreia do Norte já possui a tecnologia para criar ogivas pequenas o suficiente para serem transportadas em mísseis desse tipo.

O Estado Maior da Coreia do Sul se manifestou, informando que está "fazendo uma análise detalhada, em estreita cooperação entre os serviços de inteligência do sul-coreanos e americanos".

Nos lançamentos realizados neste fim de semana, não esteve presente o ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, mas as atividades foram acompanhadas por Pak Jong-chol, nomeado na semana passada como membro do politburo do partido único do país.

Também acompanhou o teste Kim Jong-sik, vice-diretor do Departamento de Construção de Maquinaria e uma das figuras mais importantes do programa norte-coreano de mísseis, que está na lista de sanções imposta pelos Estados Unidos.

O teste aconteceu depois que o regime do país asiático realizou desfile militar sem a exibição de tanques e poderio na última quinta-feira, para comemorar o 73º aniversário da fundação da Coreia do Norte.

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