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Nova Iorque - O governo da Coréia do Norte removeu todos os lacres instalados pela Organização das Nações Unidas (ONU) em sua usina nuclear de Yongbyon, e também expulsou os inspetores do complexo. A denúncia da manobra veio do funcionário da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) Olli Heinonen, que também afirmou que em uma semana a usina pode começar a produzir plutônio, usado na fabricação de bombas atômicas.

Após o comunicado, a Casa Branca anunciou estar "muito decepcionada" com a decisão coreana. Washington pediu ainda à capital Pyongyang que reconsidere suas ações. "As ações da Coréia do Norte são muito decepcionantes e vão de encontro às expectativas dos seis membros das conversas multilaterais e da comunidade internacional", disse Gordon Johndroe, porta-voz da Casa Branca.

"Pedimos veementemente que a Coréia do Norte reconsidere estas medidas e reassuma de imediato as suas obrigações tal como delineadas nos acordos entre as seis partes", disse Johndroe, sobre as seis potências atômicas: EUA, Rússia, Japão, China, Coréia do Norte e Coréia do Sul e a ONU.

Retrocesso

A Coréia do Norte ensaiou desmantelar o complexo nuclear em novembro passado sob um tratado de desarmamento entre as potências. Os dois lados vêm lutando há meses sobre o desenvolvimento de um plano para verificar as declarações norte-coreanas sobre suas atividades nucleares. Johndroe alertou que as ações de Pyongyang "só servirão para isolar ainda mais a Coréia do Norte", um país que já está sob severas sanções e é liderado por um líder recluso.

Diplomatas ocidentais e analistas nucleares têm dito que a Coréia do Norte precisaria de meses, senão mais, para religar o complexo, em grande parte desativado. O presidente norte-americano, George W. Bush, e seu colega chinês, Hu Jintao, concordaram em persuadir Pyongyang a retomar a desnuclearização.

O regime comunista aderiu à regra de desmantelamento do programa nuclear em troca de benefícios políticos e econômicos, porém recentemente anunciou sua decisão de reativar as máquinas com a recusa dos Estados Unidos de retirar a Coréia do Norte de sua lista de países que apóiam o terrorismo.

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