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A noite de 13 de outubro de 2020 foi a última em que os bares de Liverpool, no norte da Inglaterra, puderam abrir antes do novo lockdown local para conter o avanço da segunda onda de coronavírus na região.
A noite de 13 de outubro de 2020 foi a última em que os bares de Liverpool, no norte da Inglaterra, puderam abrir antes do novo lockdown local para conter o avanço da segunda onda de coronavírus na região.| Foto: AFP

Criticado em junho por ter planejado a reabertura de zoológicos e bares, mas não a de escolas, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, excluiu os estudantes das restrições impostas a determinadas regiões da Inglaterra em razão do novo avanço da Covid-19 no país. Agora, os pubs não foram poupados.

As novas diretrizes devem entrar em vigor nesta quarta-feira (14). Johnson anunciou ainda a liberação de um novo pacote financeiro no valor de 1 bilhão de libras (cerca de R$ 7,2 bilhões) para apoiar as áreas mais afetadas pelo avanço da doença.

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O sistema adotado pelo governo britânico tem três níveis de alerta - médio, alto e muito alto - e inclui medidas como o fechamento de bares, academias, cassinos e casas de apostas em algumas áreas colocadas no nível de alerta "muito alto". A ideia, segundo o premiê, era simplificar e padronizar as regras.

"Não é assim que queremos viver nossas vidas, mas esse é o caminho que temos de trilhar, entre o trauma social e econômico de um bloqueio total e o enorme custo humano e econômico de uma epidemia fora de controle."

Pressionado pelo rápido aumento no número de novos casos, Johnson vem evitando paralisar a economia do país. Ontem, ele afirmou que, no momento, existem mais pessoas hospitalizadas agora no Reino Unido do que quando o país entrou em lockdown, em março, mas ele descartou a possibilidade de medidas mais extremas.

De acordo com o primeiro-ministro, o governo busca alcançar o máximo de consenso possível sobre os pontos mais duros das medidas. Por isso, ele trabalhará com as autoridades locais para analisar medidas adicionais que possam ser tomadas. "Isso pode levar a mais restrições nos setores de hospedagem, lazer, entretenimento ou cuidados pessoais. Mas o comércio de varejo, escolas e universidades permanecerão abertos", disse.

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Neste momento, as áreas mais afetadas estão no norte da Inglaterra, onde fica Liverpool, a área mais atingida do país. O modelo anunciado não afetará Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte, que, com competências autônomas em matéria de saúde, definem suas próprias políticas contra o avanço do coronavírus.

Na área de nível médio, onde se enquadra a maior parte do país, reuniões estão limitadas ao máximo de seis pessoas e os pubs e restaurantes podem ficar abertos até 22h. Na região de alerta alto, as pessoas estão proibidas até de se encontrarem em casas de outras famílias. E, no nível máximo, bares e restaurantes serão fechados. Reuniões familiares também estão vetadas.

"Se deixarmos o vírus se espalhar, sofreremos não apenas um número intolerável de mortes de Covid-19, mas colocaremos uma grande pressão em nosso NHS [sistema nacional de saúde] com um segundo pico descontrolado", disse Johnson, em pronunciamento. "Nossos médicos e enfermeiras não seriam capazes de se dedicar a outros tratamentos."

A maior parte da Inglaterra (69% da população do país) está no nível de alerta mais baixo. Cerca de 28% dos ingleses entrarão no nível dois, de alerta alto. E apenas 3% - basicamente a região metropolitana de Liverpool - viverão sob as restrições estabelecidas no nível muito alto de alerta.

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