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coronavírus china
Pessoas com máscaras protetoras chegam à estação ferroviária de Pequim em 21 de janeiro de 2020| Foto: NICOLAS ASFOURI/AFP

Enquanto o número de infecções por coronavírus aumenta de forma vertiginosa na China, com 9.692 casos confirmados na porção continental do país, médicos especialistas chineses alertaram nesta sexta-feira (31) que pacientes já recuperados podem ser reinfectados pelo vírus.

Zhan Qingyuan, chefe de doenças infecciosas do Hospital da Amizade China-Japão, disse, segundo o jornal South China Morning Post, que as pessoas que já tinham o vírus desenvolveriam anticorpos, mas deveriam permanecer em alerta para não voltar a adoecer. "Os anticorpos podem não permanecer por muito tempo, então ainda existe o risco de que esses pacientes recuperados sejam infectados novamente", disse Zhan. "Eles devem continuar se mantendo protegidos".

O coronavírus, que pode causar uma gripe ou uma doença respiratória grave, já matou 213 pessoas na China. Nesta quinta-feira, a Organização Mundial de Saúde (OMS) decidiu que a epidemia na China constitui uma emergência de saúde pública de interesse internacional.

"Nós não sabemos que tipo de prejuízos esse vírus poderia causar se for propagado a um país com sistema de saúde mais precário. Devemos agir agora para ajudar os países a se preparar para essa possibilidade", disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, ao justificar a mudança no posicionamento da organização, já que, na semana passada, ela havia decidido por não declarar o coronavírus uma emergência internacional.

Com o anúncio da OMS e o primeiro caso confirmado de transmissão entre pessoas dentro de seu território, os Estados Unidos estão aconselhando seus cidadãos a não viajar para a China. "Os viajantes devem estar preparados para que as restrições de viagem sejam aplicadas com pouco ou nenhum aviso prévio. As transportadoras comerciais reduziram ou suspenderam as rotas de e para a China", afirma o alerta do Departamento de Estado dos EUA. "Aqueles que estão atualmente na China devem considerar partir com meios comerciais". Além disso, o departamento solicitou que todo o pessoal não essencial do governo dos EUA adiasse viajar para a China por causa do novo coronavírus.

Enquanto isso, a China planeja trazer de volta para país os cidadãos que moram na província de Hubei, onde começou o surto de coronavírus, e estavam no exterior quando limitações de viagem na região começaram a ser impostas pelo governo. "Considerando as dificuldades enfrentadas pelos cidadãos chineses no exterior, especialmente os de Wuhan, o governo chinês decidiu enviar vôos fretados o mais cedo possível para levá-los de volta a Wuhan", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying em um comunicado.

Coronavírus no mundo

Vinte e três países na Ásia, Oceania, Europa, Oriente Médio e América do Norte registraram casos da doença. Nesta sexta-feira, o último país a confirmar infecções por coronavírus foi o Reino Unido. De acordo com o Serviço Nacional de Saúde britânico, duas pessoas testaram positivo para o novo vírus, o que levou o país a aumentar o risco público para moderado. Mais informações sobre os dois pacientes não foram repassadas.

Conteúdo editado por:Isabella Mayer de Moura
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