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Imagem ilustrativa (Reprodução/Pixabay)| Foto:

A Rússia anunciou, no domingo (12), que concluiu a primeira fase de testes de uma vacina contra a Covid-19. Isso deixaria o país mais perto de se tornar o primeiro a iniciar a distribuição de uma vacina contra o coronavírus para a população.

“A pesquisa foi concluída e provou que a vacina é segura”, disse Yelena Smolyarchuk, chefe do centro de pesquisas clínicas da Universidade Sechenov, à agência de notícias estatal TASS.

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Os testes começaram no dia 18 de junho, quando o primeiro grupo de voluntários, com 18 pessoas, recebeu a imunização. Cinco dias depois, em 23 de junho, mais 20 pessoas receberam a dose. Segundo Ylena, os voluntários, que têm entre 18 e 65 anos, vão receber alta entre os dias 15 e 20 de julho e depois permanecerão sob supervisão médica em regime ambulatorial por mais seis meses.

A vacina aprovada foi desenvolvida pelo Centro Nacional de Pesquisa para Epidemiologia e Microbiologia Gamalei. Segundo o diretor da instituição, Alexander Gintsburg, a previsão é de que ela entre em “circulação civil" entre 12 e 24 de agosto.

Atualmente, três pesquisas – desenvolvidas no Reino Unido, China e Estados Unidos – lideram a corrida pela vacina do coronavirus. Cientistas explicam que dizer que uma vacina é a mais promissora ou é a mais adiantada significa que ela se mostrou eficaz em mais etapas dos testes pré-clínicos (com animais) e clínicos (em humanos). Não significa necessariamente, porém, que ela seja a mais próxima de ser bem-sucedida.

Três fases

É preciso ressaltar, ainda, que o que a Rússia alega ter concluído foram os estudos da fase I. Para que a vacina chegue ao mercado são necessárias outras duas fases. Enquanto a fase I da vacina russa está marcada para terminar na quarta-feira (15),  a fase II começou nesta segunda (13). As autoridades sanitárias do país ainda não informaram quando planejam iniciar a fase III.

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A fase I se trata do primeiro estudo realizado em um pequeno grupo de voluntários humanos, a fim de verificar a segurança da vacina. Já a fase II tem como objetivo estabelecer a imunogenicidade do produto, ou seja, a capacidade da substância de provocar uma resposta imune no voluntário, como o desenvolvimento de anticorpos. A fase III, por fim, busca demonstrar a eficácia da vacina antes da obtenção do registro sanitário que permite que a substância seja colocada no mercado e disponibilizada à população.

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