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O presidente do Equador, Rafael Correa, telefonou nesta quarta-feira (6) para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para agradecer a atuação do Brasil durante os violentes protestos que ocorreram no país na última quinta (30), segundo assessores do Planalto. Correa ficou sitiado por quase 10 horas em um hospital depois de uma rebelião de policiais insatisfeitos com cortes de benefícios financeiros propostos pelo governante. As manifestações foram classificadas como tentativa de golpe de Estado pelo presidente equatoriano.

No telefonema a Lula, Correa elogiou a participação da União dos Estados Americanos no episódio, que classificou de "incisiva, precisa e rápida". Em resposta, o presidente Lula afirmou que o Brasil atuou em nome da "democracia e da boa relação entre os dois países". A ligação ocorreu às 18h40 e durou cerca de 10 minutos.

Os países membros da Unasul realizaram em Quito, capital do Equador, uma reunião de emergência na qual declararam apoio a Correa. O secretário-geral do Itamaraty, Antonio Patriota, representou o Brasil nas deliberações, já que o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, se encontrava em visita ao Haiti.

Na sexta (1º), um dia após as rebeliões no Equador, Lula telefonou a Correa para prestar solidariedade. Na ocasião o presidente do equatoriano relatou que foi alvo de uma tentativa de golpe. No entanto, ele afirmou que o "pior" havia passado e que as coisas se encaminhavam para a "normalidade".

Mortos

A rebelião policial de quinta-feira no Equador deixou quatro mortos e 193 feridos, segundo balanço oficial do Ministério da Saúde. Correa decretou três dias de luto nacional pelas mortes.Os violentos protestos da véspera fizeram Correa ficar mais de dez horas praticamente sitiado, depois de ter sido atacado após um discurso em um quartel. Ele acabou sendo resgatado em uma operação do Exército.

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