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Pessoas com máscaras vendem comida durante o lockdown em Wuhan China no dia 24 de janeiro de 2020. Imagem ilustrativa.
Pessoas com máscaras vendem comida durante o lockdown em Wuhan China no dia 24 de janeiro de 2020. Imagem ilustrativa.| Foto: Keitma-st/Pixabay

Nas últimas semanas, a hipótese de que a pandemia de Covid-19 tenha se originado de um acidente laboratorial em Wuham tem ganhado relevância.

Uma longa reportagem feita por Nicholas Wade, escritor e repórter veterano de ciência que atuou no New York Times entre 1982 e 2012, revelou fortes indícios de que o vírus escapou de um laboratório. Agora, para engrossar o coro, o serviço de inteligência do Reino Unido classificou a hipótese de que o novo coronavírus tenha escapado de um laboratório como “viável”.

As agências de inteligência ocidentais classificavam até então essa hipótese como "remota".

Apesar dos esforços de investigações, a Organização Mundial da Saúde foi incapaz de dar uma resposta satisfatória até aqui sobre as origens do novo coronavírus.

A notícia foi revelada pelo Times, no domingo passado (30). O Instituto de Virologia de Wuhan, na China, está perto do conhecido mercado de frutos do mar onde o vírus teria surgido pela primeira vez, e que se tornou o epicentro da pandemia que já infectou mais de 168 milhões de pessoas no mundo todo e foi responsável por pelo menos 3,5 milhões de mortes.

Fontes próximas da inteligência britânica revelaram ao jornal o quão difícil, no entanto, seria traçar exatamente a origem do vírus por causa do sigilo chinês: “Pode haver evidências que nos levam para um lado, e evidências que nos levam para outro. Os chineses mentirão de qualquer maneira. Acho que nunca saberemos.”

No Reino Unido, o deputado conservador Tom Tugendhat, presidente do Comitê de Política Externa, afirmou que é preciso retomar as investigações: "O silêncio vindo de Wuhan é preocupante. Precisamos abrir a caixa-preta e ver o que aconteceu para poder nos proteger no futuro. Isso significa iniciar uma investigação, juntamente com nossos parceiros em todo o mundo e na OMS."

O foco no instituto de virologia acompanha o surgimento de novas informações sobre três pesquisadores do instituto que adoeceram em novembro de 2019 — época em que se acredita que o coronavírus circulou pela primeira vez — e tiveram de ser tratados no hospital.

Essa notícia fez com que outros governos reforçassem as investigações.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também pediu às agências de inteligências americanas que aumentassem os esforços e apresentassem um relatório sobre a origem do vírus em 90 dias.

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