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A organização humanitária Crescente Vermelho da Síria entrou nesta sexta-feira (24) no bairro de Baba Amro, na cidade de Homs, para resgatar os feridos nos bombardeios realizados pelas forças de segurança do presidente Bashar al Assad, entre eles os jornalistas estrangeiros, segundo o grupo opositor Comitês de Coordenação Local (CCL).

O bairro vem sendo castigado por ataques desde o início do mês. Nesta quarta-feira, morreram no local a jornalista americana Marie Colvin e o fotógrafo francês Rémi Ochlik, enquanto a repórter francesa Edith Bouvier e os fotógrafos Paul Conroy, britânico, e o francês William Daniel ficaram feridos.

Os CCL informaram em comunicado que as forças de segurança do regime negaram a entrada no bairro dos representantes do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).

Segundo o grupo opositor, os jornalistas se negaram a abandonar o bairro se não estiverem presentes o embaixador francês e americano e membros do CICV.

O embaixador francês, Eric Chevallier, voltou na quinta-feira à Síria, duas semanas após ser chamado a consultas, confirmou à Agencia Efe uma fonte diplomática, que não detalhou o motivo de seu retorno.

Em vídeo divulgado na quinta-feira na internet, os repórteres ocidentais feridos pediam para deixar imediatamente o local.

Bouvier, jornalista do "Le Figaro", explicou que tem uma dupla fratura em uma perna, e que embora os médicos a tenham tratado "muito bem na medida de suas possibilidades", não podem realizar operações, por isso que precisa sair do país.

Esta semana, o CICV anunciou que estava realizando contatos com o regime sírio e os opositores para conseguir um fim nas hostilidades e levar ajuda humanitária à Síria.

A entrada do Crescente Vermelho coincide com novo dia de violência na Síria que deixou pelo menos 62 mortos em todo o país, 26 deles em Homs. Além disso, foram encontrados 18 corpos em uma localidade de Hama (centro).

A situação em Homs é crítica, segundo os opositores, que advertem sobre a escassez de alimentos e remédios básicos, e do corte de comunicações e da eletricidade.

Tudo isto ocorre também no mesmo dia em que acontece na Tunísia a conferência "Amigos da Síria", que procura avançar para a resolução do conflito, que causou mais de 8.500 mortos, segundo os grupos da oposição síria.

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