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Veja os efeitos devastadores da crise econômica em Detroit

A partir desta segunda-feira (27), o Jornal Nacional apresenta uma série sobre os desafios que o próximo presidente dos Estados Unidos terá de enfrentar.

Na reportagem desta segunda-feira, Roberto Kovalick e Sherman Costa mostram os efeitos devastadores que a crise econômica teve sobre uma região que já foi símbolo da prosperidade americana.

Em Detroit, o capitalismo americano se fortaleceu e está mostrando suas feridas mais profundas. Uma fábrica de peças de automóveis já empregou 15 mil funcionários. Ela fica na cidade de Flint, subúrbio de Detroit, no estado de Michigan, onde, no início do século passado, surgiram as poderosas montadoras americanas.

Richard e Roger viram o auge delas. Agora, tiram fotos para mostrar aos netos o lugar onde passaram parte da vida.

Com uma lágrima no canto do olho, Richard diz: "As lembranças vão ser para sempre. Esse foi o único lugar em que trabalhei por 40 anos".

Michigan tem, hoje, o maior índice de desemprego do país: quase 9%. "É muito difícil. É deprimente. Eu procuro trabalho dia após dia e não acho nada. Seria tão bom conseguir um emprego", lamenta uma moradora de Detroit.

Na região de Detroit, a pobreza atinge um em cada três moradores. A crise imobiliária aumentou o estrago: é a região do país com o maior número de casas retomadas por bancos por falta de pagamento.

Parece que um furacão atingiu parte de Detroit. A cidade está praticamente abandonada. A gente anda por algumas ruas e não encontra ninguém. As casas estão vazias. Muitas delas são centenárias e não podem ser derrubadas. Elas fazem parte do patrimônio histórico de Flint e são símbolo de uma época de riqueza da cidade. Agora, elas são a imagem de sua decadência.

Encontramos uma família que só não foi embora porque não consegue vender a casa. "A gente está tentando sair dessa região por causa dos crimes. Pessoas assaltando caminhões e tentando assaltar a casa, por causa dos crimes e do desemprego", conta um homem.

Os Estados Unidos já conseguiram superar crises econômicas piores do que esta e saíram fortalecidos. Este será um dos grandes desafios do próximo presidente: fazer com que as cenas das ruas de Michigan representem só um momento ruim a ser superado, e não uma visão do futuro americano.

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