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Sergio Massa, presidente da Câmara dos Deputados, responderá por superpasta que incluirá também Desenvolvimento Produtivo e Agricultura
Sergio Massa, presidente da Câmara dos Deputados, responderá por superpasta que incluirá também Desenvolvimento Produtivo e Agricultura| Foto: EFE/Juan Ignacio Roncoroni

O governo da Argentina anunciou nesta quinta-feira (28) que o advogado Sergio Massa, um dos políticos mais conhecidos do país e até agora presidente da Câmara dos Deputados, será o novo ministro da Economia, o terceiro em menos de um mês, e sua pasta incluirá também as áreas de Desenvolvimento Produtivo e Agricultura.

Um comunicado oficial indica que o presidente Alberto Fernández “decidiu reorganizar as áreas econômicas de seu gabinete para um melhor funcionamento, coordenação e gestão”, para o que “serão unificados os ministérios da Economia, Desenvolvimento Produtivo e Agricultura, Pecuária e Pesca, incluindo também as relações com organizações de crédito internacionais, bilaterais e multilaterais”.

“O novo ministério ficará a cargo de Sergio Massa, atual presidente da Câmara dos Deputados, tão logo seja resolvido seu afastamento de sua posição”, como deputado, acrescenta o texto publicado.

Massa, de 50 anos, substituirá Silvina Batakis, que assumiu o cargo em 4 de julho após a renúncia de Martín Guzmán em meio a fortes tensões políticas dentro da coalizão governista, uma mudança que provocou forte turbulência nos mercados de ações e de câmbio do país.

Embora até agora esta semana tenha sido marcada por uma relativa calma nas diferentes cotações do dólar - após as oscilações das semanas anteriores -, Batakis não conseguiu estabilizar os mercados.

Os investidores continuam desconfiando de uma economia impactada pela escassez de moeda estrangeira para importar e a necessidade de cumprir o acordo firmado em março com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para refinanciar a dívida contraída em 2018 pelo governo de Mauricio Macri (2015-2019).

A substituição por Massa ocorre pouco depois de Batakis chegar dos Estados Unidos, onde foi se encontrar com a diretora-gerente do FMI e investidores e autoridades americanas.

Na terça-feira, a ainda ministra estava convencida de que a Argentina poderá enfrentar as condições do acordo com o Fundo, apesar de muitos economistas considerarem praticamente impossível.

Massa, fundador da Frente Renovadora, é um dos líderes da coalizão governista Frente de Todos, junto com o presidente Alberto Fernández e a vice-presidente Cristina Kirchner, que foi presidente entre 2007 e 2015.

Candidato à presidência em 2015, nas eleições em que ficou em terceiro lugar, Massa foi, entre outros cargos, diretor do organismo de previdência social entre 2002 e 2007 e chefe do Gabinete de Ministros entre 2008 e 2009, quando Cristina governava, um cargo que deixou em meio a divergências com a então governante.

Em 2019, depois de aparar as arestas com a viúva do ex-presidente Néstor Kirchner (2003-2007), Massa decidiu agregar a Frente Renovadora à aliança formada por Fernández e Cristina, e desde dezembro daquele ano é presidente da Câmara.

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