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A presidente argentina, Cristina Kirchner, vinculou a polícia com os violentos saques que sacudiram o país durante os últimos dias e a acusou de "organizar a delinquência para roubar pessoas e lojas, instalando medo e terror".

"Com que fim. Me parece que os fatos se explicam sozinhos e os personagens políticos que apareceram também", escreveu Cristina nesta sexta-feira em sua conta no Twitter.

Nos tweets de hoje, Cristina, que viajou pela primeira vez desde sua operação a Santa Cruz, no sul do país, para passar o fim de semana em família, se refere à descoberta de eletrodomésticos saqueados na casa de um policial na província de Entre Ríos.

Também resume a reunião que realizou na quinta-feira em sua residência oficial de Olivos com uma comitiva da Conferência Episcopal Argentina (CEA) e a Federação de Igrejas Evangélicas, na qual trataram os graves incidentes dos últimos dias.

Cristina destacou que o presidente da CEA, José María Arancedo, disse que "a polícia não pode deixar os cidadãs órfãos".

"Me permito acrescentar: também não pode organizar a delinquência para roubar pessoas e lojas, instalando medo e terror", ressalta o governante em um tweet.

Os protestos policiais começaram no último dia 3 de dezembro na cidade de Córdoba, onde dezenas de pessoas aproveitaram a ausência de policiais nas ruas para saquear lojas, e nos dias posteriores se replicaram em outras províncias, com fatos violentos que deixaram como saldo 11 mortos.

Nas únicas três províncias onde ainda persistiam as reivindicações salariais, Salta, La Pampa e Mendoza, o conflito cedeu hoje depois que os policiais aceitassem os aumentos definidos pelos governos locais.

Os aumentos conseguidos pelos policiais provinciais em diferentes pontos do país chegam em alguns casos a 50%.

O governo argentino resolveu hoje recompensar economicamente as forças de segurança federais, em reconhecimento a seu trabalho para restabelecer a ordem após os violentos saques.

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