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Bandeiras de Cuba e do Comitê de Defesa da Revolução são vistas em rua de Havana, capital do país, 28 de setembro
Bandeiras de Cuba e do Comitê de Defesa da Revolução são vistas em rua de Havana, capital do país, 28 de setembro| Foto: EFE/Ernesto Mastrascusa

A ditadura de Cuba convocou exercícios militares de 18 a 20 de novembro, os mesmos dias solicitados por ativistas independentes para a realização de um protesto contra a violência.

O Exercício Moncada terminará em 20 de novembro, declarado como Dia Nacional da Defesa, explica um comunicado do Ministério das Forças Armadas Revolucionárias (FAR) divulgado nesta sexta-feira pela imprensa local.

As manobras contarão com a participação dos chefes, dirigentes e dos órgãos de comando e direção, acrescenta a nota, que detalha que a data estava programada com antecedência.

O dramaturgo Yunior García, um dos promotores da marcha da oposição, disse que esses exercícios militares "são uma tentativa de militarizar ainda mais o país".

"Perante o espírito cívico da nossa marcha, eles respondem com a ameaça das armas. Por que têm tanto medo que as pessoas digam o que pensam?", questionou no Twitter.

Outros usuários da rede social, como Alili Luna, criticaram a resposta do regime, citando "abuso de poder", uma desculpa para recorrer à violência e "colocar as pessoas na prisão".

García e outros ativistas solicitaram no mês passado autorização para o protesto pacífico, pedindo reconhecimento dos direitos de reunião, manifestação e associação para fins lícitos e pacíficos estabelecidos na Constituição cubana aprovada em 2019.

Eles argumentaram que a Declaração Universal dos Direitos Humanos garante o direito à liberdade de reunião e associação pacífica.

As cartas declararam que a manifestação "contra a violência irá exigir o respeito por todos os direitos de todos os cubanos, a libertação dos presos políticos e a resolução das diferenças através de meios democráticos e pacíficos".

Também pedirá que as autoridades "garantam o pleno exercício" dos direitos humanos e constitucionais, assim como a proteção dos manifestantes e do serviço normal de telecomunicações.

Os organizadores esperam a participação de cerca de 5.000 pessoas e uma passeata de três horas desde a avenida Malecón até a sede da Assembleia Nacional (parlamento unicameral) no Capitólio.

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