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Cuba e México firmaram nesta segunda-feira (20) um memorando para conter o crescente fluxo de cubanos que passa pelo território mexicano na esperança de chegar aos EUA.

O acordo deve acelerar a deportação de cubanos nessa situação, que seriam repatriados por via aérea ou marítima no prazo de um mês, com as despesas pagas pelo México.

Também haverá maior cooperação entre ambas as Marinhas para deter embarcações suspeitas no Caribe, e penas também para cubanos que tentem entrar pela Guatemala.

Até agora, cubanos vindos da América Central não eram deportados porque Cuba não os aceitava. Após um novo trâmite e pagamento de fiança, ficavam livres.

O acordo foi assinado na Cidade do México pelo chanceler cubano, Felipe Pérez Roque, e pelo secretário mexicano de Governo, Juan Camilo Mouriño.

"Acho que vão diminuir sensivelmente as tentativas de utilizar o México como corredor para levar ilegalmente imigrantes para os EUA", disse Pérez Roque a jornalistas.

Cerca de 11,5 mil cubanos entraram nos EUA pelo México no ano fiscal terminado em setembro de 2007, bem mais do que os 4.800 que entraram pelo mar da Flórida, segundo o governo norte-americano.

Pérez Roque estimou que haja cerca de 2.000 cubanos presos em unidades migratórias do México.

Os cubanos pagam até 15 mil dólares para serem levados de lancha até o México, para então irem até a fronteira e entrarem sem contratempos - graças à lei que facilita a emigração cubana para os EUA, por questões políticas.

Em uma declaração conjunta, o governo do conservador Felipe Calderón disse que essa política propicia a imigração ilegal.

O memorando não tem força de tratado bilateral, o que exigiria aprovação do Congresso mexicano. É, no entanto, segundo diplomatas, um sinal da recente reaproximação, depois dos atritos entre os ex-presidentes Fidel Castro e Vicente Fox.

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