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Cientistas tentam melhorar as previsões

Oslo – Cientistas estão tentando melhorar as previsões sobre o impacto do aquecimento global neste século reunindo estimativas sobre o risco de inundações ou de desertificação.

"Temos certeza sobre alguns dos aspectos da futura mudança climática, como o de que vai ficar mais quente", disse Matthew Collins, do Met Office (Departamento Britânico de Meteorologia). "Mas muitos dos detalhes são difíceis de dizer", acrescentou.

Sob as novas técnicas, "as previsões de diferentes modelos são somados para produzir estimativas da futura mudança climática, junto com suas incertezas associadas", disse a Real Sociedade em nota.

A abordagem pode ajudar na quantificação de riscos para uma construtora que faça casas num vale inundável ou uma seguradora, por exemplo.

Estocolmo – Desde o início deste ano, 117 milhões de pessoas em todo o mundo foram vítimas de cerca de 300 desastres naturais, mostra relatório da ONU. Secas devastadoras na China e na África e inundações na Ásia e na África causaram prejuízo de US$ 15 bilhões.

Os números do impacto global das mudanças climáticas, divulgados pela BBC, foram apresentados ontem durante a World Water Week, a conferência mundial sobre água que reúne em Estocolomo, na Suécia, representantes de 140 países e organizações internacionais.

A subsecretária-geral das Nações Unidas e diretora-executiva do programa Habitat da ONU, Anna Tibaijuka, alertou que a oferta de água corre sério risco e que os impactos mais severos deverão ocorrer principalmente nos países em desenvolvimento.

Grande parte dos países menos desenvolvidos já enfrenta períodos incertos e irregulares de chuvas, e as previsões para o futuro indicam que as mudanças climáticas vão tornar a oferta de água cada vez menos previsível e confiável.

"Economizar água para o futuro não é, portanto, lutar por um objetivo distante e incerto. As tendências atuais de exploração, degradação e poluição dos recursos hídricos já alcançaram proporções alarmantes, e podem afetar a oferta de água num futuro próximo caso não sejam revertidas", disse Tibaijuka.

A subsecretária-geral da ONU ressaltou ainda que a água vai ser a questão dominante da agenda global neste século. A ONU estima que 20% da população mundial em 30 países já sofra com a escassez de água.

Segundo previsões da Unesco, 1,8 bilhão de pessoas podem enfrentar escassez crítica de água em 2025, e dois terços da população mundial podem ser afetados pelo problema naquele ano.

Uma das metas do Milênio da ONU é reduzir à metade o número de pessoas sem acesso a água potável e saneamento básico até 2015. Mas a apenas oito anos do cumprimento do prazo, os organizadores da conferência mundial da água alertam que 1 bilhão de pessoas ainda são afetadas pela falta de água potável, e mais de 2,4 bilhões não possuem saneamento básico.

Durante a conferência, uma delegação brasileira liderada pelo especialista Benedito Braga, da Agência Nacional de Água (ANA), participará da apresentação do projeto de gestão dos recursos da Bacia do Amazonas.

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